Falta de chuvas compromete produtividade das lavouras de algodão no Oeste da Bahia e quebra deve superar os 37%

Publicado em 18/05/2016 11:02
Produtividade média deve ficar próxima de 170 arrobas por hectare, contra uma expectativa de 270 arrobas por hectare. Perspectiva também é de comprometimento da qualidade da fibra. No milho, rendimento também foi afetado. Já os preços subiram de R$ 30,00 para R$ 50,00 a saca. Na soja, as perdas superam os 40% nesta temporada.

O clima seco também afetou a produção de algodão da região Oeste da Bahia. As plantações ainda sofrem com a ausência de chuvas e as perdas podem ultrapassar os 37% nesta safra. Com isso, a produtividade estimada inicialmente em 270 arrobas por hectare deve recuar para algo entre 150 a 170 arrobas por hectare.

Além disso, o engenheiro agrônomo que atua na localidade, Armando Ayres de Araújo, ressalta que a qualidade da fibra também é uma preocupação por parte dos agricultores.  “As questões relacionadas à resistência da fibra ainda podem causar alguma decepção após a colheita. Essa é uma safra que não irá deixar saudades”, pondera.

Paralelamente, o clima mais seco também contribuiu para o aparecimento das pragas nas plantações. “Tivemos uma maior incidência da lagarta spodoptera, até mais do que a Helicoverpa nesta safra. O ataque da mosca branca nas lavouras elevaram os custos de produção”, reforça o engenheiro agrônomo.

Milho e Soja

No caso do milho, os produtores rurais estão finalizando a colheita e as perdas decorrentes do clima foram menores nesta temporada. “Temos uma área semeada ao redor de 135 mil hectares e produtividade de 150 sacas por hectare. Porém, no cereal o que surpreende é a elevação constante nos preços. No início da colheita, tínhamos um valor perto de R$ 30,00 a saca e hoje passa de R$ 50,00 a saca”, afirma Araújo.

Na oleaginosa, as perdas ficaram acima dos 40% ainda em função do clima adverso, um prejuízo de quase 30 milhões de sacas. “As entidades do setor já estão conversando com os agentes financeiros e credores do setor privado, construindo algumas soluções para diluir esses prejuízos nas próximas safras. É preciso equilibrar as contas, construir uma solução que seja boa para os dois lados e que não inviabilize a produção futura de nenhum produtor”, finaliza o engenheiro agrônomo.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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