Preços da arroba do boi reagem, influenciados pela redução de animais confinados e menor oferta com vacinação do rebanho

Publicado em 24/11/2016 10:49
Confira a entrevista de Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea
Preços da arroba do boi reagem, influenciados pela redução da oferta de animais confinados e menor liquidez com periodo de vacinação

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Preços da arroba do boi reagem , influenciados pela redução da oferta de animais confinados e menor liquidez com periodo de vacinação do rebanho

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As cotações para arroba do boi gordo ganharam força no meio desta semana. No fechamento a quarta-feira (23), o indicador Esalq/BM&F fechou com alta de 1,01%, sendo cotado a R$ 151,70/@.

A reação nos preços está relacionada a dificuldade de compra das indústrias frigoríficas. Conforme explica o pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, sazonalmente, o final da oferta de animais confinados, entre novembro e dezembro, colabora para o enxugamento da oferta. Neste ano, a redução do confinamento devido ao alto custo com a alimentação, intensificou esse movimento que começa a ter reflexo nos preços.

"Outro fator que podemos acrescentar nesse cenário é o período de controle de aftosa, onde muitos pecuaristas estão segurando seus animais para vacinação", diz Carvalho, ressaltando que a restrição da oferta é o responsável por impulsionar a alta nesta semana.

Pela ótica do consumo a situação continua preocupante. Em um período tradicional de aumento de demanda – entre outubro a dezembro – os cortes dianteiros, no atacado, apresentaram queda expressiva de 3%.

Os dados econômicos de renda, desocupação e endividamento, evidenciam que a população brasileira está cada dia mais descapitalizada e que o consumo de proteínas deve ser limitado neste final de ano.

"Por todo esse cenário devemos olhar com cautela essa alta de preço", acrescenta Carvalho. Na BM&F Bovesp, o contrato futuro do boi gordo para dezembro/16 indica arroba a R$ 152. Assim, a tendência, segundo o pesquisador, é de leves oscilações positivas ou negativas até o final do ano, a depender das condições de oferta e demanda.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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