La Niña só estará caracterizado a partir de agosto, mas as mudanças no clima já começaram. No Brasil, aumenta o risco de geadas

Publicado em 09/06/2016 13:33
Nos EUA, La Niña pode provocar excesso de chuva até agosto e geadas antecipadas durante a fase final de desenvolvimento das lavouras

As águas frias devem se estabelecer em todo o Oceano Pacífico a partir de agosto, dando oficialmente início ao La Niña.

Segundo o climatologista, Luiz Carlos Molion, o clima deve ser influênciado pelo La Niña até 2018, seguindo um padrão próximo ao ocorrido entre os anos 1999 a 2001 quando o fenômeno se estabeleceu após um forte El Niño de 1997 a 1998.

Apesar das previsões indicarem o estabelecimento do fenômeno somente em agosto, as consequências do fenômeno  já começaram a ser sentidas. "Quando já notamos sinais de água fria indica que a circulação atmosférica mudou e consequentemente o clima", explica Molion.

O La Niña, por sua vez, tem característica de produzir mais chuvas para o nordeste brasileiro e secas no sul e sudeste. "Porém, nem todo o fenômeno tem o mesmo comportamento, e no caso das camadas mais altas da atmosfera estarem mais frias, os La Niñas não tem muita interferência nas chuvas, como é o caso deste ano", destaca o climatologista.

Por outro lado, o esfriamento das águas do pacifico tende a derrubar as temperaturas, causando invernos mais rigorosos e possibilidades de geadas em todo o centro sul do país,promovendo alertas para a produção de café, pecuária de corte e milho safrinha.

Na primavera e verão, Molion ressalta o maior risco de formação de tempestades elétricas, granizo e até tornados, segundo as previsões por similaridade com o fenômeno que ocorreu de 1999 a 2001.

De qualquer forma, em anos de La Niña os cultivos de verão são beneficiados pelo regime de chuvas estável, necessitando apenas de atenção para os períodos de frio.

EUA

Nos Estados Unidos o La Niña, porém, não é tão benéfico para produção agropecuária, uma vez que traz condições de excesso de chuvas de julho a agosto na região do Meio Oeste.

Além disso, o aquecimento mais lento na transição de primavera para verão "poderia atrasar o plantio de culturas como soja e milho, causando maior risco de geadas antecipadas no início do outono", destaca Molion.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • paulo dragon ubiretama - RS

    Por aqui já estamos sentindo muito os efeitos do La Niña..., moro na região noroeste das Missões, e no mês de junho choveu apenas 9 mm-- ou seja, 95% a menos que o normal esperado.... ouvindo o relato dos meteorologistas ficamos muito preocupados, pois, com certeza, depois de um ano de safra recorde na nossa região, lá vem a seca de novo??!!! É muito preocupante...

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