ESPECIAL: Em 2012, produtores de soja devem estar atentos à demanda na hora de produzir

Publicado em 26/12/2011 08:35
ESPECIAL: Mercado da soja foi positivo em 2011, mas para o próximo ano, os principais compradores podem consumir menos e produtor deve ajustar sua produção à demanda mundial.
Na última semana do ano, o Notícias Agrícolas traz um especial com as culturas que marcaram o ano, por meio de um balanço de 2011 e perspectivas para 2012. No 1º boletim da série, Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil, faz uma análise do mercado da soja. Segundo ele, o ano foi muito positivo para o setor, principalmente nos preços, que tiveram rentabilidade positiva. “Avançamos também em relação ao Código Florestal, o setor se organizou e a frente parlamentar foi fortalecida, consolidando assim o que foi realizado no passado”, complementa.

Para Silveira, o Código Florestal não atende 100% aos produtores rurais, mas nem deve fazer isso, pois “nenhuma lei está para atender 100% às pessoas”, mas sua importância consiste em dar segurança jurídica e permitir novos investimentos para a agricultura brasileira.

Sobre as dúvidas quanto à demanda chinesa, Silveira explica que o país asiático deve continuar comprando sim, mas que talvez o ritmo de crescimento anual diminua. ”A China pode deixar de comprar 10% a mais de soja todos os anos como estávamos vendo, mas ela não vai deixar de comprar.” De acordo com presidente da Aprosoja Brasil, o produtor deve estar atento a demanda na hora de produzir, pois “não adianta produzir um caminhão de 20 toneladas, enquanto só vão comprar 100 kg.” A crise financeira mundial, deve tornar o crescimento mundial mais lento e “é importante que as pessoas entendam que é preciso ir mais devagar”, explica.

Hoje, segundo Silveira, são vários os fatores que influenciam os preços, como a moeda, economia de outros países, consumo da carne de soja, movimento do milho, trigo, petróleo e Bolsas de Valores. “O mercado é positivo para o futuro, o mundo vai continuar comendo sim, pode não ser tanto e tão rápido, mas são poucos os países que podem atender a demanda mundial, que têm produtores tão engajados, comprometidos e profissionais como no Brasil, com isso podemos garantir que temos um futuro muito promissor pela frente, mas temos que caminhar com cautela, crescer a passos lentos, mas passos seguros”, conclui. 

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Por:
Aleksander Horta e Ana Paula Pereira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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