DA REDAÇÃO: Desequilíbrio tributário afeta indústria de processamento de soja

Publicado em 17/04/2014 13:50 e atualizado em 17/04/2014 18:09
Soja: Indústria sofre com tributos para a soja esmagada. Há um desequilíbrio tributário na venda dos grãos in natura e na processada e com isso o setor cresce muito abaixo do potencial. Nos dois primeiros meses do ano, houve um crescimento de 2,4%, enquanto a exportação in natura cresceu 194%.

Indústria de processamento sofre com os tributos federais e estaduais colocados para a soja processada. O gerente de economia da Abiove, Daniel Furlan, explica que há um grande desequilíbrio tributário entre o produto esmagado e in natura. Só nos dois primeiros meses do ano, a exportação in natura cresceu 194%, enquanto os processamentos em 2,4%.

Esse desequilíbrio acaba refletindo nos bolsos do produtor rural e também no desenvolvimento da indústria, que possui tecnologia e capacidade industrial para produzir muito mais. Furlan explica que se houvesse incentivo para maior para esse mercado, o Brasil poderia exportar outros produtos em maior volume, como óleo e carnes. Outra solução, seria se houvesse tributos iguais para os dois tipos do produto. 

 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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15 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Sr. Eduardo Lima Porto, felizmente a solução està em seu próprio comentário, não adianta discutir com governo, è perda de tempo, de energia, de sossego. Para que pagar o governo que, segundo o Sr. mesmo, impede todo tipo de ação racional? Nunca vi, mas ouvi falar, que dinheiro faz atè chover. Com caixa reforçado aumentam enormemente as probabilidades da indùstria nacional distribuir seus produtos pelo mundo, FOB ou CIF, o que for mais em conta. Capacidade è nada sem competitividade. Enfim, trata-se apenas de ganhar mais dinheiro e pagar menos ao governo. Primeiro, encher o caixa das empresas para depois elaborar e executar os projetos. Ou então, continuar pedindo dinheiro ao BNDS e discutindo plano setorial com burocratas. https://www.youtube.com/watch?v=UH4xqIiK5RQ

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  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

    Concordo com boa parte dos comentários registrados. Um aspecto que pouca gente aborda é a nossa incompetência e total falta de reconhecimento sobre a necessidade de nos tornarmos VENDEDORES efetivos e não apenas COMPRADOS. Quem fala em Competitividade da Industria Nacional para continuar embarcando na base FOB como sempre se fez por aqui, não está buscando resolver o problema dos preços relativos pagos à cadeia de produção, tampouco a colocação adequada dos nossos produtos junto aos países destino. De nada adianta uma redução da base tributária para Industria simplesmente reforçar o Caixa. Temos que construir um Projeto consistente e de longo prazo que norteie o que será feito. O problema é quando se fala em Projeto Setorial, surgem os Esquerdopatas e os Oportunistas, sendo que os primeiros querem ditar o que deve ser feito usando referenciais falidos e os últimos buscam fazer dinheiro fácil com o beneplácito do Estado-Mãe. É complicado o assunto!!!

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Sr Rodrigo Polo Pires, a emenda que tentou taxar as exportações não saiu da base do governo, e sim de deputados da oposição, cujas bases eleitorais são regiões do Paraná, tanto produtoras como processadoras da leguminosa. Depois do arrependimento do Deputado patrocinador, entra a ABIOVE em cena, pleiteando ou a retirada de tributos da soja processada , ou, segundo entendi, a taxação da in natura exportada. Tributos do mercado interno, quem paga é o consumidor nacional. Porém, quando se tenta tributar soja exportada, quem paga é o produtor nacional. Ou o imposto que é descontado em nossa conta, será ressarcido pelos importadores? Quanto à vantagem em tributar exportações, não existem pra ninguém, nem para o Brasil, que precisa mto de divisas... Impostos internos não tiram competitividade de ninguém, porque as regras são para todos. Indústria nacional mais forte? Se retirarem todos os impostos internos os lucros seriam os mesmos, poderíamos ter sim, um aumento no consumo, só isso. O problema das afiliadas da ABIOVE, é o mesmo das afiliadas da NOPA que, com a voracidade da demanda mundial, estão ficando sem a matéria prima para rodar a indústria, e isso sim gera aumento de custos. Neste caso, acho que os juros altos para formação de estoques os afeta, e segundo, vc preconiza e parece que será assim, juros cada vez mais altos.

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Sr. RODRIGO POLO PIRES | BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SC, sendo curto e pragmático: metade dos 60% (não 75%) da soja negociada foram adquiridas pelas indústrias. Entendo que 99% da industrias são também exportadores de soja em grãos ou vendem para as tradings para exportação. Atualmente, as industrias estão com elevados estoques de farelo de soja sem ter para quem vender, nem na exportação nem no mercado interno e, algumas terão que suspender os processamento porque não tem armazenamento. O farelo de soja, entre outras dificuldades operacionais e de logística, não permite armazenagem de longo prazo pela alta combustão. Conclusão, adquirem e recebem soja em depósito muito além da capacidade de processamento. Também somos extremamente favoráveis a reforma tributária e apreciaria muitíssimo que tivéssemos um mercado competitivo para exportar produtos com valor agregado, mas temos que ser realistas que não existe essa opção a nível mundial. Afinal, temos que saber como e para quem produzir....Neste momento temos que agradecer que existe tomador para os nossos excedentes. Já pensaram se não houvesse ???

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Sr. Vilson Ambrosi, qual vantagem a industria nacional teria taxando as exportações? A soja sò pode tornar-se mais barata para a indùstria e com melhor preço ao produtor, pois isso forçaria necessariamente aos importadores pagarem mais caro pela soja, se os impostos forem eliminados. O que os representantes da Abiove estão afirmando è que pagam mais caro pela soja e o produtor recebe menos. Se a soja exportada fosse tributada, o que sequer foi cogitado na tal emenda, o único beneficiado nessa transação seria o governo e não as indùstrias. Qual seria então a vantagem da indùstria nacional se o produtor tivesse que pagar os tributos ao estado referentes à exportação? Reparem, è o estado o responsável por a indùstria pagar mais caro pela soja, o produtor recebe menos, e è isso o que tira a competitividade da indùstria. Quanto ao argumento do Sr. Liones Severo, de que a soja exportada è o volume que a indùstria nacional não quer ou não consegue processar, poder-se-ia objetar que, o que não è exportado è que è processado internamente, como pretende o Sr. Vilson Ambrosi. E vejam sò, os consumidores norte americanos, que são produtores, pagarão mais caro pela soja do que a China que è importadora. Grande negòcio. Convêm também Sr. Vilson, um pouco de moderação, 75% da soja nacional já foi comercializada e isso não teria ocorrido se a indùstria nacional fosse mais forte. Outro fator que interfere è o câmbio, pois quando o governo desvaloriza o real, os Chineses, que tem câmbio controlado, pagam a mesma quantia de yuans por saca de soja, enquanto os compradores Brasileiros tem seus preços reajustados de acordo com a desvalorização. E segundo o Sr. Liones Severo, não importa quem tenha que pagar, então que sejam os Chineses. Jà falei aqui sobre isso, na época alertei que o efeito podia ter sentido contràrio, como està acontecendo agora. Não se iludam, Sr. Liones Severo e Sr. Vilson Ambrosi, o governo continuarà elevando juros e com isso aumentando os custos da dìvida, interna e externa, para controlar a inflação, com isso o câmbio irà se manter pressionado, valorizando-se e diminuindo o valor da soja internamente mesmo que a soja suba em Chicago. Por isso minha opinião è de que haja sim uma reforma tributària e um maior controle sobre os gastos do governo.

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  • Lucas Mendes Santa Bárbara do Sul - RS

    Excelente entrevista. Enfatizou o peso tributário que o estado impõe a industria de processamento que como todos nós sabemos, fardo tributário, diminui a competitividade e asfixia a produção. Ele nao reivindicou que se tribute de igual forma a Soja para exportação, mas que não deveria haver a tributação sobre o processamento e exportação. Precisamos de livre mercado e de menos estado sobre a economia. A redução da carga tributária deve ser uma bandeira de todos, dos agricultor ao processador. Com menos impostos, todos ganham, de ponta a ponta. Menos imposto, mais progresso e renda. Excelente entrevista, só acho que poderia ser mais enfático na defesa da reduçao dos impostos, na redução do peso do estado sobre quem produz.

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  • Virgilio Andrade Moreira Guaira - PR

    Isto sem falar da continuação da ferrovia de Cascavel a Guaira, ((Porto da Hidrovia )) e da sequencia até Dourados no MS. Tambem sem falar das eclusas e comportas de Itaipu,, que ligariam e interligariam o interior da região da Grande São Paulo à Grande Buenos Aires. ((Hidrovia Tietê - Paraná )).. E aquela ferrovia por Goias a Tocantins que nunca fica pronta para variar ?? Afffff

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  • salvador reis neto santa teresa do oeste - PR

    caro Vilson Ambriozi, verdade a china realmente esta investindo e acreditando no continente africano, enquanto que aqui no brasil a infraestrutura não avança e quando fazem, fazem mau, exemplo ferrovia cascavel- Paranaguá construída com trilhos estreito não permite desempenhar uma boa velocidade, vagões carregados leva ate 7 dias para percorrer pouco mais de 650 km ou seja uma tartaruga chega primeiro!!!isso e´ brasil.

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Caro colega Salvador Reis Neto.O que oLiones disse é no curto prazo,e em um ambiente sem intervencionismo.A partir de quando o governo tenta abocanhar parte dos ganhos, acaba o estímulo para aumentar a produção,e aí então entram em cena novos competidores.A China como já foi noticiado está fazendo acordos de produção de soja com paises Africanos,construindo ferrovias,estradas etc.A medida que a oferta aperta as negociações evoluem.

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  • salvador reis neto santa teresa do oeste - PR

    da pra explicar melhor?

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  • salvador reis neto santa teresa do oeste - PR

    Caro Vilsom Ambriozi o Iiones Severo disse que só a américa do sul pode aumentar a produção de soja especialmente o Bresil, que historia e´ essa de África plantando soja e entrando no mercado?

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Srs da ABIOVE,acho melhor deixar as coisas como estão,até porque se for dada as regalias que vcs pleiteiam os chineses também virão instalar suas plantas de moagem por aqui,alhás já estão ensaiando uma em Barreiras.Só não montaram ainda, talvez porque vcs jogam pesado.

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Faltou dizer que além da indústria não ser tributada, com acontece em toda a cadeia da soja, ainda se credita de 4,5% das vendas dos subprodutos farelo e óleo, tanto nas vendas internas como na exportação.O que falta para eles é competência de gestão comercial. Os padrões comerciais de mercado estão mudando drasticamente e se esse povo não se preparar e ficar somente neste discurso de bobo, vão acabar sucunbindo ligeirinho.

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Nós agricultores,depois da lei kandir espandimos a produção o suficiente para quem quizer ,moer,criar,fazer chá,ou qualquer coisa,e também exportar inatura.Dá pra todo o mundo.A industria quando exporta farelo se credita .quando exporta carne também.O que eles querem é que o governo taxe tudo.Porque retirar icms, pis,e cofins do mercado interno jamais .Podem crer foi a abiove e as cooperativas os articuladores da emenda .Sobrou para os dois idiotas do Pr.Ora se fosse transformar todos os primários que produzimos não teríamos energia pra isto.Devagar srs da ABIOVE a soja de qualquer jeito deixa uma beirada boa pra vcs. Os chineses querem soja em grão?vamos vender.A Africa fica mais perto deles, não vamos criar empecilhos.

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    A situação de margem negativa da indústria brasileira é unicamente resultado dos preços invertidos na Bolsa de Chicago. Imaginem comprar soja ao preço de valor presente a us$ 15.12 por bushel, levar 60 a 90 dias entre tempo de industrializar e colocar os subprodutos nos portos ou disponibilizar no mercado interno, vendendo os subprodutos na composição da equivalência dos preços da soja dos meses futuros de agosto a us$ 14,17 por bushel, ou mesmo setembro. A soja que é exportada é a sobra que a indústria não tem condições físicas e financeiras de processar. Quem conhece o mercado sabe que nem a logística pode atender essas reivindicações. A Argentina exporta os produtos porque as industrias estão nas margens do Rio Paraná e a cerca de 250km das lavouras e com uma espetacular capacidade de embarque de navios. O Brasil produz alimentos muito além da capacidade do consumo interno e os mercados mundiais já nos fazem os maiores exportadores de Carne bovina e de aves, Açúcar, Café, Suco de Laranja, Soja, Tabaco, 2º. em milho, 4º. em carne suína/etc. Assim também é o minério, porque exportamos ferro gusa e por que não produzimos o aço ? – Tudo isto porque somos um país com grandes recursos naturais e humanos, capaz de oferecer essas grandezas. Minha intervenção não é critica, mas não podemos deixar chegar aos muitos jovens que participam de nossa atividade, essas utopias que somente oferecem despreparo e desconhecimento em suas afirmações.

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