DA REDAÇÃO: Redução das tarifas de energia elétrica em 2012 deverá refletir no bolso dos consumidores

Publicado em 24/07/2014 14:17 e atualizado em 24/07/2014 16:51
Economia: A ata do Copom trouxe um crescimento para o reajuste da tarifa da energia para 14%. Setor passa por problemas financeiros desde que o Governo Federal optou em manter as tarifas sem reajustes, mesmo com os níveis dos rios diminuindo e os custos da energia ter tido a elevação de 300% para as empresas.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) houve um aumento na taxa de reajuste das tarifas de energia elétrica de 11,5% para 14%. O analista financeiro, Miguel Daoud, conta que não há surpresa no futuro ajuste da tarifa, visto a maneira os problemas que o setor vem enfrentando. 

Em 2012 a presidente Dilma Rousseff decidiu reduzir as tarifas de energia elétrica e realizou um acordo com as concessionárias, em que pagaria a diferença que deixariam de receber até o vencimento da concessão e renovaria antecipadamente uma nova concessão. Daoud explica que para isso a presidente assinou uma medida provisória, em que manteve as tarifas em 18%.

Porém, os níveis dos rios começaram a ceder com a falta de chuvas e o valor da energia para as empresas teve um reajuste de aproximadamente 300%, segundo o analista. Com as companhias de energia tendo de pagar o prejuízo do custo desta energia, o Governo Federal teve de oferecer empréstimos, que mais tarde teriam de ser repassados para o consumidor.  Para isso,  chegou a pedir para 16 bancos que realizassem estes empréstimos que foram recusados e os bancos estatais, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, tiveram de realizaram a transação.

Para Daoud, o mais agravante da situação é que os dividendos que estes bancos pagarão serão repassados para governo cobrir os gastos.  “Por exemplo, a Eletrobrás pagou 16% de dividendos e não teve nem 1% de lucro”, explica o analista. Atualmente, 25% do superávit primário é proveniente dos repasses dos dividendos das estatais.

O analista coloca que a redução das tarifas de energia poderia ter se tornado um grande benefício, mas que agora a população terá de arcar com o prejuízo das empresas. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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