DA REDAÇÃO: Conab ainda não realizou aquisições de estoques de feijão por meio de AGF

Publicado em 25/07/2014 13:28 e atualizado em 25/07/2014 17:24
Feijão: produtores enfrentam grande volume de oferta, mas problemas climáticos prejudicaram a qualidade dos grãos. Não há consumo para feijões com notas mais baixas, pois consumidores preferem grãos mais claros. Conab ainda não efetuou as compras por meio de AGF e produtores amargam prejuízos.

Produtores de feijão passam por um momento complicado com a grande oferta no mercado, o pouco consumo de variedades mais baratas e as negociações abaixo dos preços mínimos. A Conab havia sinalizado a compra de estoques remanescentes por meio de AGF, mas até o momento os produtores não receberam este benefício. O analista da Correpar, Marcelo Lüders, explica que alguns fatores agravaram a situação, como o grande volume de plantio, seguido por uma concentração das colheitas e os problemas climáticos que prejudicaram a qualidade dos grãos.

Os consumidores se habituaram a consumir feijões mais brancos, com notas superiores, apesar do custo maior. No ano passado a situação era diferente, em que havia um volume de oferta no mercado de feijões com notas menores, mas que o consumidor aceitava comprar por até 50% mais barato. Para a população, tornou-se inadmissível comprar produtos que tivesse que colher ou que não fosse limpo, por isso a errônea preocupação em obter apenas o feijão carioca mais claro e de marcas de qualidade.

Para Lüders, essa é uma tendência que deve se intensificar nos próximos anos. Por isso, a recomendação para os produtores é que vendam a produção logo após a colheita, para oferecer ao mercado um produto mais claro, caso não haja sinalização de AGF para a região.

Outras alternativas previstas para o setor, segundo Lüders, é o investimento em variedades que demorem mais a escurecer, o aumento da industrialização para alimentos prontos e a intensificação da produção de feijões exportáveis, visto que é possível que a China diminua a sua produção. Como é o caso de alguns produtores que optaram por realizar a terceira safra de feijão rajado e estão faturando R$110 por saca em algumas regiões do país. Além disso, há variedades que é possível estocar por um tempo maior caso não haja demanda, como o feijão preto.

Marcelo também explica que o problema do Brasil não é consumo, já que 70% dos homens e 67% das mulheres consomem feijão pelo menos cinco vezes por semana. A grande questão é que o consumidor tem se tornado exigente em relação a qualidade do produto. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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