DA REDAÇÃO: Preços do suíno batem recorde em São Paulo

Publicado em 18/08/2014 19:13 e atualizado em 19/08/2014 11:13
Suínos: preços da arroba em SP batem recordes com negócios entre R$87,00 e R$88,00. E para associação, as cotações tem espaço para novas altas no curto prazo. Demanda interna aquecida tanto para exportação quanto no mercado interno e oferta restrita de animais justificam as últimas altas.

Nesta segunda-feira (18), os preços do suíno vivo bateu um novo recorde em que variam entre R$ 87 e R$ 88/@ (R$ 4,57 e R$ 4,59/kg), em São Paulo. Segundo Valdomiro Ferreira, presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), os números foram alavancados pela redução da oferta, associado com um aumento da demanda. 

Como consequência da crise de 2012, causada por excesso de animais, e com as dificuldades enfrentadas em 2013, o atual ano reflete essa redução da produção. Por outro lado, a demanda teve um aumento interessante no mercado interno, além do grande interesse nas exportações por parte dos suinocultores, em especial em Santa Catarina.

Parte deste interesse surgiu com a sinalização da Rússia em aumentar suas importações de carne suína vindas do Brasil, após o embargo aos Estados Unidos e Canadá. Por ser um país que já consome muita carne suína e por ser inviável logisticamente o embarque em dezembro, por conta das geleiras, o ritmo de exportações deverá ser intenso em setembro e outubro, atendendo a demanda em curto prazo.

Já no Brasil, as indústrias deram início ao período de estocagem da carne suína, se preparando para o final do ano em que consumo interno é mais expressivo. Além disso, os preços da carne suína estão mais atrativos que a carne bovina, que está sendo negociada a R$123/@. Ferreira explica a relação saudável de comparação é de 80%, ficando próximo de R$ 94/@.

Apesar das boas perspectivas do mercado, Valdomiro alerta os produtores de que o momento não é de crescimento na produção, visto que a demanda externa é bastante pontual e o mercado interno depende de diversos fatores que podem afetar o consumo no próximo ano. Além disso, o consumo no Brasil ainda é pequeno, quando comparado com países europeus que consome cerca de 46 kg/per capita, enquanto aqui chega a 16 kg/per capita.

Outro fator que tem contribuído para a situação dos produtores está relacionado aos custos de produção. Valdomiro explica que a relação de troca com milho e farelo de soja está muito positiva. A recomendação do presidente é de que os produtores invistam na qualidade do plantel e passe a planejar os problemas relacionados a logística.

A expectativa é de que o cenário sustente novas altas, pelo menos até o final do ano. 

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Por:
Aleksander Horta// Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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