DA REDAÇÃO: Chicago tem pequena recuperação impulsionada pela demanda asiática
Começo da semana trouxe pequena melhora nas cotações da soja na bolsa de Chicago, melhorando de forma discreta a situação dos produtores que ainda tiverem soja para negociar. Para Glauco Monte, da FCStone, a pequena recuperação não demonstra uma expectativa de mudança de tendência, mas uma movimentação impulsionada pela demanda.
Monte explica que o mercado está buscando uma estabilidade, com essa variação das cotações da soja em diversos vencimentos. Possivelmente, em cima do aumento de demanda, em que muitos compradores estão aproveitando o momento de baixa para realizar compras, assim como os produtores rurais – brasileiros e americanos – estão aproveitando os prêmios positivos nos portos para realizar vendas.
Apesar disso, a tendência é negativa para as commodities neste momento, pelo bom desempenho da safra americana, sem nenhuma condição climática adversa, assim como a iminência do início das colheitas no final do mês de setembro. Com esse grande volume de grãos prestes a entrar no mercado, os preços devem ficar pressionados.
No Brasil, o que poderá trazer um cenário melhor seria um ajuste na taxa cambial, para tornar os preços mais competitivos. Para os produtores, o momento é de precaução, com cálculos sobre custos de produção para realizar as negociações, que devem ser mais esporádicas do que nas últimas safras. Situação mais favorável para os produtores que estiverem mais bem capitalizados e puderem aguardar os momentos de alta para fechar os negócios.
Já para o milho, a situação é mais complicada. Com os grandes volumes da safra norte-americana, os produtores brasileiros não possuem preços competitivos para exportar os grãos. Os leilões de Pepro realizados neste mês para diversas regiões brasileiras, também trouxe o auxílio esperado para o mercado, que segue pressionado. Com os custos de logísticas mais altos, muitos produtores não conseguem fechar a conta na hora da negociação.