DA REDAÇÃO: Com término do vazio sanitário, produtores de Sinop (MT) aguardam chuvas para iniciar o plantio da soja

Publicado em 15/09/2014 11:17 e atualizado em 15/09/2014 15:39
Safra 2014/15: Com término do vazio sanitário, produtores de Sinop (MT) aguardam chuvas para iniciar o plantio da soja. Frente aos preços mais baixos, comercialização antecipada permanece lenta e grande preocupação é em relação ao armazenamento do produto. No milho, valores giram em torno de R$ 9,00 a R$ 11,00 pela saca e boa parte da safra ainda está estocada em silo bolsa.

Com o término do vazio sanitário, que acontece nesta segunda-feira (15), os produtores rurais de Sinop (MT) aguardam as chuvas para iniciar o plantio da soja. Em relação à área cultivada nesta temporada, as áreas mais ao Norte do estado devem apresentar algum incremento, entretanto a comercialização do grão ainda preocupa os agricultores. 

Segundo o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan, os custos de produção estão mais altos nessa safra. Aos produtores que fixaram os custos durante as trocas gastaram, em média, até 25 sacas de soja por hectare, atualmente, o valor ultrapassa 32 sacas do grão por hectare. 

“E agora temos a soja para futuro em torno de R$ 35,00 a R$ 36,00 para travar, nesse patamar, o arrendatário não cobre os custos de produção. Já os produtores, apenas empatam os valores. Com isso, temos pouca soja travada, ao redor de 11% e iremos depender da produtividade das lavouras para garantir margem”, explica Galvan.

Ainda de acordo com o vice-presidente, alguns produtores ainda não fecharam os pacotes para a próxima safra. E a perspectiva é de migração para cultura do arroz. “O mercado de arroz deu uma melhorada e os preços são maiores do que os da soja na nossa região”, relata. 

Outra preocupação é em relação aos armazéns. Nos silos bag há muito milho estocado e como boa parte da safra de soja ainda não foi negociada, os produtos irão disputar um espaço nos armazéns disponíveis. “Ainda assim, é preciso levar em consideração a umidade dos grãos para não ter perdas”, destaca o vice-presidente.

Milho

No caso do milho, Galvan destaca que o que tem contribuído para o escoamento da produção são os leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). Por mais que haja a preocupação em relação aos pagamentos dos prêmios, já que, das operações realizadas no ano anterior, apenas 50% dos valores foram pagos aos produtores. 

Em Sinop (MT), a saca do cereal é cotada entre R$ 9,00 e R$ 11,00. E a armazenagem em silo bag também é uma preocupação devido ao período chuvoso, que pode ocasionar algum dano ao grão. 

Frete 

Como os produtores estão negociando o milho de forma mais lenta, os valores dos fretes reduziram na região. “Hoje, a maioria dos caminhoneiros não conseguem pagar a prestação dos seus caminhões, principalmente as pequenas empresas. A perspectiva de aumento no valor do combustível também pode agravar a situação”, diz Galvan.

Vazio sanitário

O vazio sanitário termina nesta segunda-feira, mas o assunto está sendo discutido por entidades do setor. “O ideal seria que o período fosse de 1º de junho a 30 de setembro, para começar o plantio de uma vez. Temos informações de que já tem soja germinando, o que pode contribuir para a proliferação de doenças e pragas. Precisamos interromper a ponte verde, que acontece com os pivôs”, finaliza o vice-presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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