DA REDAÇÃO: Com aumento da demanda, cotações da soja esboçam leve recuperação em Chicago

Publicado em 15/09/2014 13:56 e atualizado em 15/09/2014 17:42
Soja: Mercado enfrenta um período de transição, em que as cotações devem ficar abaixo dos patamares atuais com a chegada da nova safra americana. Por outro lado, a demanda tem impulsionado a cotações nesta segunda-feira (15), em Chicago. O novo relatório de embarques divulgado pela USDA trouxe números superiores aos da última semana e também ao mesmo período do ano passado.

Com a aproximação do início das colheitas da safra norte-americana de grãos, o mercado está passando por uma fase de transição, em que as cotações na bolsa de Chicago poderão ficar em patamares ainda menores aos atuais. O analista de mercado, Vlamir Brandalizze, conta que o mercado só deverá expressar alguma reação no final das colheitas da nova safra de grãos.

Por outro lado, a demanda é crescente e hoje trouxe uma pequena recuperação nos preços, em Chicago. Parte desta recuperação se deve ao relatório de embarques divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que demonstrou embarques de 255 mil toneladas de soja. O número é superior ao da última semana, além de ser o dobro do mesmo período do ano passado. "Está tendo demanda internacional e isso é positivo. O mercado começou a olhar pra isso", coloca o analista.

O mercado asiático é responsável por grande parte desta nova demanda. Brandalizze explica que a Índia enfrenta problemas com a safra de grãos, devido a seca, além de ter uma demanda interna maior com o aumento das exportações de carne bovina. Com isso, deverá demandar mais soja também. Além disso, o analista coloca que as cotações abaixo dos U$ 15 por bushel abre o mercado para novos compradores, de países subdesenvolvidos.

Outro mercado que deve aumentar sua demanda é o da Europa. Com a crise entre Rússia e Ucrânia, houve um bloqueio agrícola, em que os países europeus deixarão de importar o trigo russo. Por isso, a demanda por soja irá crescer, como forma de substituição.

No Brasil, os preços só deverão melhorar com um ajuste de câmbio para trazer liquidez às exportações, no cenário em curto prazo.  Há poucas negociações e com os custos, os atuais patamares de preços não compensam aos produtores, principalmente para o milho. Brandalizze acredita que com os problemas ligados ao custo e a necessidade de aumentar as exportações, poderá trazer incentivo para melhorias de logística e armazenagem, problemas que produtores americanos não enfrentam. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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