DA REDAÇÃO – Café: Chuvas irregulares no sul de Minas não resolvem déficit hídrico

Publicado em 29/09/2014 14:44 e atualizado em 29/09/2014 18:03
Café: Chuvas irregulares no Sul de Minas durante o final de semana não resolvem déficit hídrico mas podem provocar floradas irregulares e comprometer ainda mais a safra do ano que vem.

No último final de semana, alguns municípios da região Sul de Minas Gerais – importante região produtora de café – receberam as chuvas previstas pela Somar Meteorologia, conforme informação reportada pelo Notícias Agrícolas. A expectativa era de que as precipitações mesmo em baixos volumes pudessem induzir a florada nas regiões produtoras que sofrem com déficit hídrico recorde. No entanto, de acordo com o técnico da Cooxupé, Éder Santos, a chuva não conseguiu reverter a situação dos cafezais.

Segundo Santos, as chuvas na região Sul de Minas foram irregulares em volume e distribuição. “O volume registrado por nossas estações meteorológicas foi pequeno, embora saibamos que em algumas regiões o volume foi até significativo, a chuva dessa forma é prejudicial porque deixa a planta desorientada, isso mexe com o metabolismo dos cafezais”, afirma.

De acordo com o técnico, a irregularidade também prejudica os produtores no trato aos cafezais. “Sem chuvas uniformes os produtores também não conseguem fazer adubação e pulverização nos cafezais piorando ainda mais a situação”.

Segundo o técnico da Cooxupé, os municípios que receberam chuvas com volume superior a 10 mm devem ter abertura de florada nos próximos oito dias. No entanto, a preocupação é com o pegamento dos botões. “Após abertura da florada, a planta começa a iniciar suas atividades metabólicas, então é preciso que as chuvas sejam contínuas para que os produtores possam realizar os tratamentos necessários”, explica o técnico.

As plantas sofrem com a estiagem desde início do ano e seriam necessárias precipitações em torno de 60 a 70 mm para que a planta tenha uma situação confortável para a próxima safra. “O armazenamento de água no solo é muito baixo, a planta ainda não tem água disponível para que ela possa realizar todas as suas atividades de maneira satisfatória”, explica Santos.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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