DA REDAÇÃO: Safra 2014/15 – Com término do vazio sanitário, produtores de GO devem iniciar o plantio da soja nos próximos dias

Publicado em 30/09/2014 10:27 e atualizado em 30/09/2014 14:43
Safra 2014/15: Com chuvas acumuladas de 100 mm em setembro, Sudoeste de GO deve iniciar o plantio da soja nos próximos dias. Custos de produção registraram aumento de 15% e contratos futuros giram em torno de R$ 45,00. Comercialização alcança 7%, contra 30% no ano anterior. No milho, boa parte da produção ainda está armazenada e preços praticados são de R$ 16,40 a saca.

Com o término do vazio sanitário nesta terça-feira (30), os produtores de Goiás devem dar início ao plantio da soja nos próximos dias. A região Sudoeste do estado, Mineiros, Jataí e Rio Verde, deve ser a primeira a começar a semeadura da oleaginosa, já que na localidade, em média, o volume acumulado de chuvas em setembro ultrapassa 100 mm.

Segundo o assessor técnico do Senar GO, Cristiano Palavro, por enquanto, a questão climática dá certa tranquilidade aos produtores, uma vez que há boas previsões, principalmente para o mês de outubro. Em relação à área destinada à soja, a perspectiva é que haja um incremento de 3,5%, equivalente a 110 mil hectares.

“Ao todo, deverão ser cultivados com a soja cerca de 3,2 milhões de hectares nesta safra. Especialmente em cima de áreas de milho verão, áreas de pastagens e também em áreas antes destinadas ao cultivo do feijão. Ainda no caso do cereal, a tendência é de decréscimo de 20% em relação ao ano anterior”, explica. 

Comercialização

Com os preços da oleaginosa mais baixos, os produtores estão cautelosos em relação à comercialização antecipada do grão. Até o momento, a expectativa é que somente 7% da safra do estado tenha sido negociada, contra 30% registrado no mesmo período do ano passado. 

Em contrapartida, os custos de produção registraram um aumento de 15% nesta safra, com custos de produção por hectare ao redor de R$ 2,250 mil, conforme destaca o assessor técnico. “Com isso, os agricultores irão depender da uma boa produtividade, pois com os primeiros contratos em torno de R$ 45,00, a faixa de rentabilidade fica quase nula”, ressalta Palavro.

Milho

Entre primeira e segunda safra, o estado de Goiás colheu um número próximo de 8 milhões de toneladas de milho. E o consumo é estimado para 5 milhões de toneladas. Consequentemente, as cotações do cereal recuaram valor médio de R$ 16,40 pela saca, e não cobrem os custos de produção. 

“Isso já impacta na área plantada com milho na safra de verão e se não houver mudança, teremos reflexos na safrinha também. Outro problema é a armazenagem, teremos uma safra de grãos ao redor de 18 milhões de toneladas e nossa capacidade de armazenagem é de 13 milhões de toneladas. Com a chegada da soja, o milho terá que ser comercializado. Ainda temos muito cereal estocado em silo bolsa no estado”, finaliza o assessor.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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