Oferta restrita de animais e exportações aquecidas favorecem novas altas nos preços dos suínos
Durante todo o ano, o mercado vem apresentando altas significativas para o mercado de suínos. Em São Paulo a arroba já ultrapassou os R$ 100 e demonstra espaço para novas altas. A grande justificativa para o cenário se deve a pouca oferta de animais disponíveis em todo o território nacional, visto que após a crise de 2012, em que muitos suinocultores optaram por reduzir seus planteis. O analista do Cepea, Augusto Maia, explica que a situação está complicada em relação a oferta, já que os animais estão sendo abatidos antes da terminação ideal.
Maia também explica que o mercado interno segue sem liquidez, e com os preços altos nas granjas, as indústrias estão repassando valores mais elevados para a carcaça e cortes. Além disso, os frigoríficos que estão trabalhando apenas com o mercado interno estão com volume de abate reduzido, já que não está absorvendo as novas altas.
Por outro lado, o ritmo de exportações têm se mostrado positivo, principalmente com a Rússia sendo responsável por 40% dos embarques brasileiros. Com volumes muito positivos nas últimas quatro semanas, é provável que outubro feche com valor recorde desde agosto de 2013 e com preços positivos.
Com isso, o momento é de investimentos na qualidade dos plantéis e não em aumento de volume, visto que a situação está ajustada aos produtores. Em novembro e dezembro, devido às geleiras na Rússia, o ritmo de embarques deve ter uma redução, e com isso, trazer um momento de pressão aos preços.