Em Assis (SP), área plantada com soja chega a 80%, mas chuvas irregulares preocupam os produtores

Publicado em 19/11/2014 10:22 e atualizado em 19/11/2014 15:44
Safra 2014/15: Em Assis (SP), área plantada com soja chega a 80%, mas chuvas irregulares preocupam os produtores. E com o atraso na semeadura da oleaginosa, janela ideal de plantio do milho safrinha já foi comprometida na região. Precipitações esparsas também ocasionam prejuízos na produção de cana-de-açúcar. Na soja, preços giram em torno de R$ 50 a R$ 52, mas produtores estão cautelosos e comercialização não chega a 20% da safra.

Na região de Assis (SP), o plantio da soja da safra 2014/15 permanece atrasado e chega a 80% até o momento. A situação é decorrente das chuvas que continuam irregulares, não só na localidade, mas em todo o estado. A semeadura do grão que deveria ter sido iniciada em 15 de outubro começou no final do mês e início de novembro.

Além disso, o presidente do Sindicato Rural do município, Orson Mureb Jacob, destaca que a cultura da cana-de-açúcar também tem sido muito afetada com as precipitações esparsas, pelo segundo ano consecutivo. “E isso atrapalha o desenvolvimento da cultura. No caso da soja, ainda não podemos falar em prejuízo, mas as chuvas não podem demorar muito para chegar e recentemente ventou muito na localidade, cenário que também preocupa”, diz o presidente.

Paralelo a esse cenário, a preocupação também é grande por parte dos produtores rurais, uma vez que o atraso no cultivo da oleaginosa deixa a janela ideal de plantio do milho safrinha ainda mais estreita. “Dificilmente iremos plantar a área total com milho na região, pois se chover bem em janeiro e fevereiro irá atrasar a colheita da soja. Mas tudo isso faz parte do risco da agricultura, mas o produtor precisa de garantia de renda”, explica Jacob.

Comercialização

Na localidade, a saca da soja é cotada entre R$ 50,00 a R$ 52,00, entretanto, a comercialização permanece lenta e apenas 20% da produção foi negociada antecipadamente. Isso, por conta do risco em relação à produção, já que com o clima irregular, os agricultores não têm certeza sobre a safra e os custos de produção são altos.

No caso do cereal, apesar da melhora nas cotações praticadas no mercado interno, o presidente do sindicato ressalta que, boa parte da produção, entre 80% a 90%, já foi negociada com preços entre R$ 17,00 a R$ 18,00. “Não dá para vender aos poucos, isso é uma grande utopia, a necessidade do dia a dia é maior do que esperar os preços subirem”, conclui Jacob. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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