Piauí: Nova fronteira agrícola do país

Publicado em 02/07/2010 14:12 e atualizado em 02/07/2010 18:23
O Piauí que está entre os estados mais pobres do Brasil está encontrando na alta produtividade de soja no solo do cerrado a prosperidade necessária para o desenvolvimento da região sul do estado, no Vale do Rio Gurguéia, da cidade de Bom Jesus.

A cultivo que chegou em meados de 1990 por agricultores vindos especialmente do Sul do país, hoje faz brotar em 400 mil hectares não apenas soja, mas também milho, arroz e algodão, considerada então a mais nova fronteira agrícola do Brasil. Para eles, a migração foi fundamental para a atual realidade em que vivem e prospectam.

Segundo o prefeito de Bom Jesus, Alcino Piauilino, este é o grande celeiro do estado que investe tanto no setor primário como no terciário capaz de mudar o cenário sócio-econômico da cidade.

Apesar de ainda sofrerem com a precariedade de recursos, produtores apostam no associativismo, onde juntos, conquistam a infraestrutura necessária para viverem. “Cada um tem a sua propriedade, mas a associação que administra a estrada, a própria energia elétrica foi a gente que trouxe, o salão comunitário, a água da vila. Então são várias as formas que a associação intervém junto ao distrito, às pessoas”, conta o produtor de Uruçuí, Wilson Marcolin.

No entanto, a mudança do atual Código Florestal Brasileiro que institui por lei uma moratória de cinco anos impedindo novos desmatamentos pode atrapalhar o crescimento da região. “Infelizmente vão continuar a fazer com que nosso estado seja mais pobre onde poderia ser um dos estados mais ricos. Temos agricultura, água, minério, ferro, níquel, fósforo e o que falta? Temos tudo! Então é o gigante que vai acontecer, que está crescendo e o Piauí não pode pagar o preço, ficar só com o ônus dessa lei”, reivindica uma das lideranças da região e produtor rural, Idemar Cover.

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Por:
Aleksander Horta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • julio mattos Ponta Grossa - PR

    Uso da Terra - Qual a razão que temos para acreditar que devemos sacrificar nossa economia sem receber nada em troca. Se queremos freiar o desenvolvimento de regiões como Oeste da Bahia, Sul do Piaui e Sul do Maranhão anulando estas fronteiras agricolas, não acham que deveriamos receber algo em troca? Pois que mais nos preciona para parar de desmatar e quem ja desmatou ate onde não devia. Acho que o hectare de floresta deveria receber remuneração relativa ao hectare produtivo, ai então frei-se o desmatamento e não mata a economia dessas regiões e ajuda a controlar a oferta de grãos no mercado internacional. Vamos refletir sobre isso!

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