Em Chapadão do Sul (MS), perdas na safrinha de milho superam os 40% devido ao clima seco

Publicado em 23/05/2016 10:50
Chuvas recentes amenizaram as condições das lavouras cultivadas tardiamente, porém, perdas já são consolidadas. Em anos normais, produtividade média gira em torno de 100 a 120 scs/ha. Clima seco também contribuiu para o aparecimento das lagartas. Saca é cotada a R$ 50,00 no mercado disponível, mas quase não há mais milho para comercialização na localidade.

Em meio ao clima seco e as altas temperaturas registradas ao longo do mês de abril, os produtores rurais de Chapadão do Sul (MS) já projetam uma quebra de 40% na produção de milho safrinha nesta temporada. Muitas propriedades ficaram até 30 dias sem precipitações.

O presidente do Sindicato Rural do município, Rudimar Borgelt, ressalta que as chuvas recentes até amenizaram as condições das lavouras cultivadas tardiamente. Porém, a quebra na produção já está consolidada na região. Em anos normais, os agricultores conseguem um rendimento médio entre 100 sacas até 120 sacas do grão por hectare.

“Estávamos com uma previsão pessimista em relação aos últimos milhos plantados, com rendimento perto de 10 a 15 scs/ha. Entretanto, com as chuvas recentes podemos chegar até a 40 scs/ha, o normal seria uma produtividade de 80 scs/ha. O clima não ajudou esse ano, o que acabou prejudicando o produtor rural e elevando os custos de produção”, afirma a liderança sindical.

Além disso, o clima mais seco contribuiu para a alta incidência das lagartas nas lavouras. “Isso acabou pesando no bolso dos produtores rurais. As lagartas acabaram saindo fugindo do controle, atingindo as espigas, o que acaba afetando a qualidade do milho”, destaca Borgelt.

O presidente do sindicato ainda reforça que são poucos os produtores que têm seguro das áreas. “E realizamos o plantio fora da época ideal. Muitos produtores não consideraram a possibilidade da estiagem prolongada e apostavam em um clima melhor para a safrinha”, completa.

Negociações antecipadas

Na região, Borgelt ainda sinaliza que os produtores foram mais cautelosos em relação às negociações antecipadas. “Talvez tenhamos alguns casos isolados, de produtores que comprometeram mais do que irão colher. Em torno de 50% a 60% da produção foi negociada anteriormente”, afirma Borgelt.

Atualmente, a saca é cotada ao redor de R$ 50,00 na região, porém, as negociações são lentas, uma vez que a disponibilidade do grão na localidade é baixa. “Orientamos que os produtores fiquem atentos aos preços no início da colheita, pois acreditamos que ainda teremos bons valores”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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