Lavouras de milho já têm perda próxima de 25% em Assis Chateaubriand (PR) devido às adversidades climáticas

Publicado em 20/06/2016 11:18
Nesta safra, plantações sofreram com a seca, seguido das chuvas e dos vendavais e, por último, as geadas. Nesse instante, as chuvas paralisam a colheita e agravam a situação das lavouras. Cerca de 5% da área semeada foi colhida até o momento. Preços já recuaram de R$ 40,50/sc para R$ 37/sc. Muitos produtores realizaram negócios antecipados, com valores entre R$ 27 e R$ 28/sc.

Na região de Assis Chateaubriand (PR), as lavouras de milho safrinha já têm perdas de 25% nesta temporada. O cenário é decorrente das adversidades climáticas registradas desde o início da semeadura do cereal. Em abril, as plantações enfrentaram uma severa estiagem, de mais de 30 dias. Em seguida, no mês de maio, foi a vez das chuvas e dos vendavais, que acamaram muitas plantas.

E na semana anterior, as temperaturas despencaram e vieram as geadas. Por último, mas não menos importante, o retorno das chuvas na localidade, que pode elevar os prejuízos já contabilizados. “Alguns produtores registram perdas de até 50% nesta safra. E ainda dependemos do comportamento do clima de agora em diante. Caso as chuvas continuem, as perdas poderão ser maiores”, reforça o presidente do Sindicato Rural do município, Valdemar Melato.

Em anos normais, a produtividade média das lavouras gira em torno de 110 sacas a 120 sacas do grão por hectare. “Temos muitas lavouras acamadas e se chover muito, o milho acaba brotando mais facilmente. E temos plantações afetadas pelas geadas, se as chuvas vierem em excesso, poderemos ter grãos ardidos e avariados”, diz Melato.

Sem contar que, as chuvas nesse momento paralisaram os trabalhos nos campos. Até o momento, pouco mais de 5% da área plantada na região foi colhida. A perspectiva é que a colheita seja retomada nos próximos dias, já que as previsões indicam tempo mais seco. Contudo, as precipitações deverão retornar à região no próximo domingo (26).

Paralelamente, os produtores tentam adiantar o máximo a colheita da safrinha, colhendo até mesmo com umidade ao redor de 32%, o que depois é descontado no momento da entrega do produto. “Muitos fizeram contratos e tem data para cumprir as negociações. Outros tentam aproveitar os preços um pouco mais altos. A escassez é grande, o milho que vai para cooperativa não chega aos armazéns, o grão vai direto para as agroindústrias para a fabricação de ração”, pondera a liderança sindical.

Preços

Com o início da colheita do cereal, os preços do milho já baixaram na região. A saca que estava sendo cotada próxima de R$ 40,50 já recuou para R$ 37,00 a saca e a perspectiva ainda é de redução nos valores praticados.

“O valor de R$ 37,00 a saca ainda é um preço bom, que remunera o produtor, mesmo aquele que teve problemas de perdas na safrinha. Porém, os preços não podem cair muito mais que isso, caso os produtores não tenham lucro nessa safrinha, podemos ter uma redução ainda maior na área destinada ao cereal na safra de verão. E, consequentemente, um novo desabastecimento no mercado”, acredita Melato.

Na localidade, muitos produtores fizeram contratos ao redor de R$ 27,00 a R$ 28,00 a saca do cereal no início do ano. Recentemente, mais contratos foram fechados com valor de referência de R$ 43,00 a saca. “Então, muitos deixaram de ganhar, pois não sabiam como ia correr o mercado. Inclusive, alguns agricultores procuraram as empresas e tentaram desfazer os contratos, mas sem sucesso. E grande parte desse milho foi negociado para exportação, o que pode enxugar ainda mais o mercado”, ressalta o presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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