Indígenas invadem novas fazendas na região de Ponta Porã (MS) e clima é tenso

Publicado em 01/07/2015 10:38
Questão indígena: Novas invasões agravam o cenário em MS e risco de conflito entre os produtores e os índios é iminente. Justiça já emitiu mandado de reintegração de posse, porém, a ordem ainda não foi cumprida. Audiência pública para debater o assunto acontece na próxima segunda-feira (6) na Assembleia Legislativa de Campo Grande.

A invasão de mais três propriedades no estado de Mato Grosso do Sul agravou o clima entre produtores rurais e os índios da tribo Guarani Kaiowá e o risco de conflito é iminente. No final última semana, os indígenas invadiram a fazenda Madama, em Coronel Sapucaia e as propriedades Água Boa e 27 Estrelas, ambas na região de Aral Moreira.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, Jean Pierre Paes Martins, a grande preocupação é com a possibilidade de um conflito frente à inércia do Governo Federal. “Já temos o mandado de reintegração de posse, porém, as medidas ainda não foram cumpridas. São cinco dias para notificar os invasores e não temos nenhuma decisão”, explica.

Os produtores tiveram que deixar as áreas e o prejuízo é grande, já que o milho safrinha está pronto para a colheita na região. “E temos um barracão com 800 toneladas de adubo que serão usados na próxima safra. Além disso, em algumas localidades, as sedes das fazendas foram danificadas, nós não somos contra os indígenas, mas, sim os que estão promovendo essa desavença entre os produtores e índios”, destaca Martins.

Por outro lado, o presidente ainda sinaliza que, muitas propriedades têm mais de 100 anos de títulos. Enquanto isso, as Equipes da Força Nacional estão no local, porém, não impedem novas invasões. “A polícia militar e a civil nem têm acesso os indígenas, já a Força Nacional e a Polícia Federal estão na região somente para garantir a integridade física dos índios”, ressalta.

Em meio a essa incerteza, os produtores e lideranças irão se reunir na próxima segunda-feira (6), em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Campo Grande.  “Temos que entrar em um consenso, o caminho é jurídico e político. Precisamos evitar que os produtores se defendam com as próprias mãos. Isso, com certeza irá afetar a produtividade na nossa região”, diz Martins.

De acordo com informações da Famasul, Federação da Agricultura e Pecuária de MS, ao todo são 89 fazendas invadidas em todo o estado. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Sebastião Ferreira Santos Fátima do Sul - MS

    A imprensa e as autoridades tem qd parar de tratar esses casos como "QUESTÃO INDÍGENA", essas invasões nunca foram indígenas e nunca serão, pois os objetivos aí são outros.., e todos sabem quais são os reais objetivos do atual governo federal. Um governo corrupto, incompetente, desonesto, ideológico, imoral e acima de tudo capaz de atos de atrocidades brutais contra setores que abastecem o setor alimentício do país, e alavanca o PIB brasileiro. O povo brasileiro tem que acordar, pois o que ocorre aqui, já ocorreu em quase todos os países da AL, e aqui as coisas caminham a passos largos para o mesmo caminho da VENEZUELA, ARGENTINA, EQUADOR, BOLÍVIA E CUBA, o povo pobre , miserável e a cúpula comunista, rindo atoa com os cofres cheios. CADÊ O DINHEIRO DA PETROBRÁS E DO BNDES e de tantos outras empresas públicas que foram assaltadas??? Isso não vai dar em nada , e os responsáveis por tudo estão fazendo manobras e falando m..... como falou lá nos EUA.

    0