Com chuvas irregulares, plantio da soja permanece lento em GO e se concentra em áreas de pivô

Publicado em 07/10/2015 10:22
Com chuvas irregulares, plantio da soja permanece lento em GO e se concentra em áreas de pivô. Menos de 2% da área projetada para essa safra foi semeada até o momento. Perspectiva é que sejam colhidas 10,1 milhões de toneladas do grão nesta temporada. 50% da produção foi negociada, com valores de até R$ 70/sc. Atraso das precipitações pode impactar plantio da safrinha.

O plantio da soja permanece lento em Goiás, já que as chuvas ainda estão irregulares. A semeadura não atinge 2% da área projetada para essa temporada e os trabalhos nos campos se concentram em áreas de irrigação. O vazio sanitário da oleaginosa terminou no último dia 1 de outubro.

E, por enquanto, não há grandes expectativas de o cultivo do grão avance, uma vez que os volumes de chuvas ainda serão insuficientes.  “As precipitações não serão significativas nos próximos dias, isso ainda não refletiria em perdas na produção ou na produtividade da soja, uma vez que a nossa janela ideal vai até o dia 20 de novembro. Mas temos uma apreensão em relação à safrinha, pois a janela ideal pode ficar comprometida”, ressalta Cristiano Palavro, assessor técnico do sistema Senar Goiás.

Além desse impacto, o assessor também sinaliza que a concentração da semeadura da soja também expor mais a cultura a um risco climático mais adiante. “No ano passado, concentramos o plantio do grão entre outubro e novembro, mas em janeiro tivemos uma seca grande, o que acabou afetando muito as plantações, especialmente no estágio de enchimento de grãos”, alerta.

Apesar do cenário, a projeção é de um incremento ao redor de 3% na área destinada à oleaginosa nesta safra. Com isso, os produtores goianos deverão cultivar 3,4 milhões de hectares. Já a produção deverá ultrapassar os 10 milhões de toneladas de soja nesta temporada.

Paralelamente, os custos de produção estão 20% mais altos esse ano, com o impacto da valorização cambial. “Poucos produtores fizeram compras mais cedo devido às perdas da safra anterior e crédito limitado, os agricultores estavam descapitalizados. Os fertilizantes subiram em torno de 26%, já os defensivos cerca de 7% a 8%. Consequentemente, os custos operacionais ficaram próximos de R$ 2.300 por hectare. Porém, se adicionarmos os custos financeiros e depreciações, o custo chega a R$ 3.000 por hectare”, explica Palavro.

Na outra ponta, o dólar também movimentou os preços da saca da soja no estado. Negócios foram fechados próximos de R$ 70,00 até R$ 74,00 a saca. “Temos em torno de 50% da produção já negociada antecipadamente”, finaliza o assessor técnico.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário