Em Restinga Seca (RS), quebra da soja pode superar os 15% nesta safra devido ao clima irregular

Publicado em 17/02/2016 10:07
Produtores enfrentaram o excesso de chuvas no início da semeadura do grão e em janeiro faltou água para as plantas. Soja de ciclo longo pode apresentar perda maior caso o clima permaneça irregular. Preços giram em torno de R$ 73,00 a saca da oleaginosa na região. No arroz, quebra deve ficar acima de 20%, em função das condições climáticas desfavoráveis.

A irregularidade do clima marcou a safra 2015/16 na região de Restinga Seca (RS). Com excesso de chuva no inicio da semeadura e falta de água em janeiro, as projeções indicam uma quebra de 15% a 17% na produção da região.

Os solos extremamente úmidos no inicio do cultivo reduziram o enraizamento das plantas, com isso, apesar da estiagem não ter se alongado em janeiro - aproximadamente 20 dias - a soja teve dificuldade de enfrentar o período de seca. Segundo o produtor rural, Flávio Giuliani, houve queda de flor e vagens.

"Aquelas variedades de ciclo tardio, que colhe no fim de abril e maio, ainda tem potencial para recuperar. Mas as de ciclo mais curto tenho a impressão que não há mais o que fazer", declara Giuliani.

Esses fatores influenciaram diretamente na produtividade das lavouras e a irregularidade é o marco desta temporada. Segundo Giuliani, na mesma propriedade o rendimento tem variado muito, onde "em um pedaço da terra o produtor vai colher 70 sacas e no outro lado perdeu tudo", destaca.

Historicamente a produtividade de Restinga Seca e dos municípios ao redor é de 50 a 70 sacas por hectare, mas nesta safra será difícil alcançar essa média, haja vista que as previsões climáticas continuam indicando chuva para a região.

Mesmo com os preços da soja girando em torno de R$ 73,00 a saca, esse valor não garante rentabilidade aos produtores que terão perdas significativas nesta temporada. "Os custos subiram muito, cerca de 30%, enquanto que os preços se mantiveram próximos do ano passado. Esse valor até seria bom, mas não para recuperar o prejuízo", explica o produtor.

Arroz

O clima adverso também prejudicou as lavouras de arroz na região. Estima-se que a quebra, das lavouras que começam a ser colhidas no final do mês, deve ser superior a 20%.

"Os técnicos tem reclamado que a baixa produtividade do arroz foi pela falta de luminosidade no período de floração", destaca o produtor.

Em relação aos preços, os negócios acontecem a R$ 41,00/saca, enquanto que os custos podem superar os R$ 40,00 a saca.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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