Mercado do boi gordo está parado, sob influência da oferta pequena e do feriado

Publicado em 01/11/2010 16:03 e atualizado em 01/11/2010 17:54


Poucos negócios aconteceram nesta manhã. O mercado está parado, sob influência da oferta pequena e do feriado de amanhã. Em função da lentidão do mercado, muitos frigoríficos não divulgaram ordens de compra e aguardam os pecuaristas chegarem para negociar os preços.

Ainda assim, foram registradas altas nos preços em 13 das 31 regiões pesquisadas. Em praticamente todas as praças é possível negociar valores acima da cotação de referência, dada a dificuldade nas compras. Em São Paulo o preço do boi gordo é R$110,00/@, a prazo, livre do funrural, mas negócios acima deste valor acontecem com freqüência na maior parte das empresas.

No mercado atacadista de carne bovina, as vendas estão mais lentas. Além do patamar mais alto de preço, o feriado interferiu negativamente na comercialização.

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FRIGORÍFICO QUE FOI AO MERCADO PAGOU MAIS PELA ARROBA 

HOJE 

 

Na tentativa de frear as valorizações recentes da arroba do boi gordo muitos frigoríficos deixaram de abater nesta segunda-feira. A estratégia, contudo, parece não ter surtido efeito. Segundo a Corretora XPi, "aqueles que não pararam suas operações compraram  a matéria-prima a preços mais altos, devido à dificuldade de encontrá-la no mercado físico.  

Em São Paulo, por exemplo, o preço de referência da arroba do boi gordo subiu R$ 1 ante a sexta-feira. Os negócios estão sendo feitos a R$ 109/arroba à vista e R$ 110 a prazo. Também houve valorização de R$ 1 em Belo Horizonte (MG), onde a arroba foi negociada por R$ 98 à vista e R$ 100 a prazo.  

Já no sul de Goiás, o aumento foi de R$ 2/arroba. Mesmo sendo um Estado onde há grande número de confinamentos, o número de animais não está sendo suficiente para atender a demanda e arrefecer os preços. As vendas estão sendo realizadas a R$ 101/arroba à vista e R$ 102 a prazo. São os mesmos preços registrados no Triângulo Mineiro (MG).  

Arroba mais cara também foi vista no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins (norte), Rondônia (sudeste), Pará (Redenção e Paragominas), Mato Grosso (Cuiabá) e Rio Grande do Sul (Pelotas). Segundo pesquisa da Scot, já são 11 praças de 31 que vendem seus animais no patamar de R$ 100/arroba.  

"Não há grandes expectativas de que os preços reajam (negativamente) no curto prazo ou, pelo menos, até o fim desta entressafra, uma vez que as condições das pastagens inviabilizam a engorda no capim e os bois de confinamento não são capazes de atender a demanda da indústria", afirma a XP Investimentos em relatório diário.  

No atacado, o preço do quilo do boi casado não se alterou e continua em R$ 6,90. Segundo corretores, durante o fim de semana houve demanda forte pela ponta de agulha. O preço desse corte, inclusive, está mais alto (R$ 5,50/quilo) do que o do dianteiro (R$ 5,30/quilo), algo considerado incomum. Por conta do início do mês, período em que as vendas são tradicionalmente mais fortes, a expectativa é de aumento nas cotações da carne no atacado nos próximos dias. 


Fonte: Scot Consultoria

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