CAFÉ: Cotações em NY oscilaram muito nesta semana

Publicado em 05/10/2012 18:18
O mercado de café apresentou cenário semelhante ao das últimas semanas. Poderíamos repetir neste espaço o mesmo boletim da semana passada. 

As cotações do café na ICE Futures US, em Nova Iorque, continuaram oscilando com força. Subiram forte na segunda e terça-feira, caindo com violência nos três dias seguintes, quarta, quinta e hoje, sexta-feira. A explicação dos operadores para a queda de 1 555 pontos em três dias foi a abertura da florada nas regiões produtoras de café do sudeste brasileiro. 

A abertura da florada nos cafezais brasileiros no início da primavera, alguns dias após as primeiras chuvas da estação, acontece desde a chegada do café ao Brasil, no início do século 18. É um espetáculo bonito que impressiona ainda mais após uma colheita de ciclo alto, quando boa parte do parque cafeeiro perde um volume maior de folhas com os trabalhos de colheita, levando a floração a se destacar com intensidade maior. 

Apesar de fato esperado e corriqueiro, ele atende ao interesse de quem trabalha com o “sobe e desce” nos mercados de futuro. Mais à frente as cotações voltam a subir porque as chuvas não foram suficientes para a fixação das flores ou qualquer outra invenção, para em seguida cair com alguma notícia sobre a economia europeia. 

Em nossa opinião, os fundamentos do mercado de café continuam apontando para um equilíbrio precário entre produção e consumo mundial, com estoques remanescentes muito pequenos, praticamente zerados. Permanece como variável a ser acompanhada com atenção a situação da economia no hemisfério norte, principalmente na zona do euro, e seus reflexos na economia mundial.

As rápidas e fortes oscilações nas bolsas de futuro parecem que vieram para ficar e tendem a se tornarem ainda mais agudas com o avanço da tecnologia da informação, programas de análise gráfica, vendas automáticas, etc. Os fundos de investimentos que dominaram as operações dessas bolsas são muito maiores que os maiores operadores no mercado físico de café.

A produção de café depende de decisões de longo prazo, não mais refletidas nas bolsas de futuro. O mercado físico de café terá de encontrar outro indicador para seus negócios. Esta semana, o mercado físico brasileiro trabalhou com bom volume de negócios até a quarta-feira. As fortes baixas ontem e hoje em Nova Iorque levaram os compradores a diminuir o valor de suas ofertas e os produtores a se retirarem do mercado. 

Até o dia 30 os embarques de setembro estavam em 1.824.625 sacas de café arábica e 80.039 sacas de café conillon, somando 1.904.664 sacas de café verde, mais 252.295 sacas de café solúvel, contra 2.050.945 sacas no mesmo dia de agosto. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em setembro totalizavam 2.430.172 sacas, contra 2.682.736 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 5, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 540 pontos ou US$ 7,15 ( R$ 14,52 ) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 28 a R$ 465,21/saca e hoje, dia 5 a R$ 450,95/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 695 pontos.
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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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