Café: Mercado Nova Iorquino fecha com baixa de 185 pontos

Publicado em 12/07/2013 18:18 e atualizado em 16/07/2013 17:03

Mais uma semana sem decisões do Ministério da Agricultura quanto ao modelo operacional para a adoção de instrumentos de mercado que possibilitem a recuperação da renda do produtor brasileiro de café.

O mercado físico brasileiro mostrou-se um pouco mais ativo e lotes de café arábica de boa qualidade e ainda sólidos, remanescentes da safra que se encerra, tiveram boa procura e os melhores foram comercializados no patamar dos trezentos reais. Até o momento, são poucos os lotes de café da nova safra que chegam ao mercado.

O tempo firmou e agora os trabalhos de colheita seguem com bom ritmo em todas as principais regiões produtoras de café no Brasil. As chuvas ocorridas ao longo de todo o mês de junho e no início de julho atrapalharam o andamento da colheita em diversas regiões produtoras do sudeste brasileiro. A colheita avançou pouco nesse período e houveram perdas com o excesso de umidade e queda acentuada de grãos maduros.

O excesso de umidade e os baixos índices de luminosidade levaram a um aumento nos índices de grãos atacados por fungos e aceleraram a maturação, levando a uma passagem muito mais rápida entre o grão verde e o passa. A queda de grãos maduros e a rápida passagem de verde a passa, resultarão em uma quebra na produção de “Cerejas Descascados” e “Naturais” de alta qualidade. Este ano, novamente, a oferta de cafés de qualidade deverá ser menor.

É cedo para uma avaliação detalhada, mas as informações que chegam das regiões produtoras apontam para uma safra de qualidade mediana, pouca fava e desinteresse de muitos cafeicultores em gastos extras para uma colheita e benefício que resultem em alta qualidade. O prêmio para estes cafés é desestimulante, só levando a prejuízos maiores com os gastos extras necessários para se chegar a cafés de excelência.

O Brasil fechou o ano-safra 2012/2013 em 30 de junho. Nesse período (julho de 2012 a junho de 2013) foram exportadas 30.540.985 sacas de 60 kg. É o terceiro maior volume embarcado pelo Brasil em sua longa história de exportador de café. O maior volume foi em 2010/2011, com 35.010.484 sacas, e o segundo maior, em 2008/2009, com 31.494.750 sacas embarcadas.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de junho foram embarcadas 2.259.817 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 19% (353.294 sacas) mais que no mesmo mês de 2012 e 11% (268.108 sacas) a menos que no último mês de maio. Foram 1.890.128 sacas de café arábica e 123.937 sacas de café conillon, totalizando 2.014.065 sacas de café verde, que somadas a 242.602 sacas de solúvel e 3.150 sacas de torrado, totalizaram 2.259.817 sacas de café embarcadas.

Até o dia 11, os embarques de julho estavam em 250.820 sacas de café arábica e 18.915 sacas de café conillon, somando 269.735 sacas de café verde, mais 33.184 sacas de café solúvel, contra 399.187 sacas no mesmo dia de junho. Até o dia 11, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam646.877 sacas, contra 899.848 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 05, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 12, caiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 185 pontos ou US$ 2,45 (R$ 5,56) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 362,96 /saca e hoje, dia 12 a R$ 358,53 saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 400 pontos. No mercado paralisado de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés
verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:

R$320/325,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$305/315,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$295/300,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$285/290,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$275/280,00 - RIADOS.
R$270/275,00 - RIO.
R$265/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$260/265,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

                                                  DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,2700 PARA COMPRA.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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