Café: Bolsa de Nova York fecha semana com avanço de 465 pontos

Publicado em 09/08/2013 17:55

Na última segunda-feira, no evento marcado pelo Ministério da Agricultura para divulgar medidas de apoio à cafeicultura, um impasse entre o Ministério da Agricultura e o Ministério da Fazenda levou o Ministro da Agricultura, depois de atrasar mais de uma hora e meia em relação ao horário agendado, a pedir desculpas às lideranças da cafeicultura e jornalistas presentes e informar que havia adiado o anúncio das medidas devido a negociações de última hora entre os Ministérios. 

Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff, em Varginha, sul de Minas Gerais, finalmente anunciou que o governo vai oferecer aos produtores a opção de vender até três milhões de sacas de café para a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, através de contratos de opção de venda, ao preço de R$ 343 por saca para entrega e pagamento em março de 2014. 

Os detalhes dos leilões de opção de venda deverão ser definidos por meio de portaria interministerial (Agricultura, Fazenda e Planejamento). Como o valor oferecido aos produtores excede os R$ 307 previstos pela Política de Garantia de Preços Mínimos, o governo terá de publicar uma Medida Provisória para viabilizar a operação. 

Também na quarta-feira, em reunião extraordinária, o CDPC - Conselho Deliberativo da Política do Café ratificou a distribuição dos recursos do FUNCAFÉ - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira para a safra 2013/14. 

Os recursos somam R$ 3,16 bilhões, distribuídos em diversas linhas de financiamento para produtores, cooperativas, exportadores e indústrias de torrefação e solúvel. Em complementação aos recursos oriundos do FUNCAFÉ, o Banco do Brasil disponibilizará mais R$ 1 bilhão para atender demandas nas linhas de aquisição, estocagem e comercialização, com recursos controlados do crédito rural (taxa de 5,5% a.a.). 

As lideranças da cafeicultura reagiram bem, apoiando as medidas anunciadas. Em nossa opinião, apesar de tardias, as medidas são positivas e se colocadas em prática com eficiência e rapidez devem dar sustentação ao mercado de café. As bolsas de futuro trabalharam em alta após o anúncio e os preços no mercado físico subiram dez a quinze reais por saca. O mercado será irrigado com um bom volume de recursos, já se sente mais interesse 
comprador e ficará mais difícil para especuladores derrubarem as cotações. 

 O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de julho foram embarcadas 2.158.640 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 2% (34.751 sacas) mais que no mesmo mês de 2012 e 7% (167.234 sacas) a menos que no último mês de junho. Foram 1.714.346 sacas de café arábica e 178.006 sacas de café conillon, totalizando 1.892.352 sacas de café verde, que somadas a 264.099 sacas de solúvel e 2.189 
sacas de torrado, totalizaram 2.158.640 sacas de café embarcadas. 

 Até o dia 8, os embarques de agosto estavam em 180.549 sacas de café arábica e 15.133 sacas de café conillon, somando 195.682 sacas de café verde, mais 22.919 sacas de café solúvel, contra 178.075 sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 8, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 652.454 sacas, contra 513.913 sacas no mesmo dia do mês anterior. 

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 2, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 9, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 465 pontos ou US$ 6,16 (R$ 13,98) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 02 a R$ 356,80/saca e hoje, dia 9 a R$ 368,71/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou 
com alta de 85 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2013/2014, condição porta de armazém: 

R$325/330,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO. 
R$305/315,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS. 
R$295/305,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS. 
R$280/290,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS. 
R$270/280,00 - RIADOS. 
R$260/270,00 - RIO. 
R$260/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA. 
R$255/260,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS. 

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,2680 PARA COMPRA. 

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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1 comentário

  • Maurício Carvalho Pinheiro São Paulo - SP

    Precisamos considerar 3 coisas aqui:

    1 - Se não vai ficar só na promessa enganosa.

    2 - Se não vai haver contingenciamento das verbas se a situação do Superavit Primário ficar mais "azedo".

    3 - Bolsa de futuros para mim e contratos idem, é especulação e aposta em possíveis altas e baixas para fins exclusivamente financeiros e só deveria ser permitida a participação por produtores de renomada participação no mercado. Capitalista sem compromisso com a produção agrícola nem pensar.

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