Café: Em semana de muita oscilação no mercado futuro bolsa de NY fecha semana com saldo positivo de 155 pontos

Publicado em 14/03/2014 18:35 e atualizado em 17/03/2014 11:20

Tivemos mais uma semana de muita oscilação no mercado futuro de café. Os contratos de café na ICE Futures US trabalharam até ontem, dia 13, acima dos dois dólares e cinco centavos por libra peso. Hoje, em um movimento de realização de lucros, os com vencimento em maio próximo recuaram 755 pontos, mas fecham a semana com um saldo positivo de 155 pontos.

O mercado físico brasileiro apresentou-se muito ativo, com grande interesse comprador, principalmente pelos arábicas de boa qualidade a finos. Houve um bom volume de negócios realizados, com muitos cafeicultores colocando seus lotes no mercado. Os cafés mais fracos, com xícaras riadas e rio, ou varrições, subiram proporcionalmente menos e os produtores destes lotes mostram pouco interesse de venda nas bases oferecidas pelos compradores.

Os agrônomos correm os cafezais procurando quantificar as perdas com o longo período de seca. Ainda não surgiram números, mas é consenso que a região mais afetada foi o sul de Minas Gerais, onde se concentra um grande número de produtores de café arábica de boa qualidade. As chuvas que caíram até esta semana atenuaram o déficit hídrico, mas ainda não normalizaram o suprimento de água para os cafeeiros. 

Vence hoje, dia 14, o prazo para o exercício das opções de venda ao governo federal de três milhões de sacas de café arábica, leiloadas no ano passado. Com a alta no valor da saca, o negócio deixou de ser vantajoso e os cafeicultores não exercerão suas opções. Em setembro do ano passado, quando os leilões começaram a ser feitos, a saca de café arábica de boa qualidade era cotada, em média, em R$ 250,00, bem abaixo dos R$ 343,00 oferecidos pelo governo. O mercado estima que se exercesse sua opção de venda, o produtor receberia livre ao redor de R$ 320,00 por saca entregue ao governo federal. Hoje, a saca destes cafés é cotada entre R$ 470,00 e R$ 490,00.

Relatório divulgado ontem pela OIC - Organização Internacional do Café mostra que a preocupação com a falta de chuvas no Brasil fez com que o preço do café subisse no mercado internacional 24,4% em fevereiro. Foi a maior alta mensal registrada desde maio de 1997.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de fevereiro foram embarcadas 2.745.541 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 24% (534.941 sacas) mais que no mesmo mês de 2012 e (13.911 sacas) a menos que no último mês de janeiro. Foram 2.371.772 sacas de café arábica e 143.276 sacas de café conillon, totalizando 2.515.048 sacas de café verde, que somadas a 228.876 sacas de solúvel e 1.617 sacas de torrado, totalizaram 2.745.541 sacas de café embarcadas.

Até o dia 13, os embarques de março estavam em 465.879 sacas de café arábica, mais 14.916 sacas de café conillon somando 480.795 sacas de café verde, mais 32.474 sacas de café solúvel, totalizando 513.269 sacas embarcadas, contra 462.357 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 13 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 900.345 sacas, contra 1.016.018 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 7, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 14, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 155 pontos ou US$ 2,05 (R$ 4,83) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 7 a R$ 611,14 por saca e hoje, dia 14 a R$ 618,05 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 755 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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