Café: Em NY contrato setembro acumula mais de 3.000 pontos de alta em três semanas

Publicado em 01/08/2014 18:13

Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, fecharam a terceira semana seguida em alta. Em meio a fortes e rápidas oscilações, os contratos com vencimento em setembro próximo subiram nesta semana 1320 pontos e em três semanas 3 095 pontos. 

Hoje, sexta-feira, os contratos com vencimento em setembro próximo, depois de subirem mais de 1240 pontos, rompendo a barreira dos dois dólares por libra peso e chegando a bater em US$ 2,0740, recuaram em um movimento de realização de lucros, fechando com baixa de 270 pontos, a US$ 1,9235 por libra peso.

Os serviços de colheita e benefício da nova safra de arábica já passaram dos 60% e à medida que avançam confirmam as perdas previstas pelos agrônomos. A quebra na renda é significativa e faz com que os cafeicultores relutem em vender os lotes produzidos. 

Esta semana, o pronunciamento do presidente da Cooxupé - Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda, maior cooperativa de cafeicultores do mundo, confirmando as perdas com o periodo de seca do último verão e, em seguida, a divulgação da estimativa de safra (45,78 milhões de sacas) feita pela exportadora de café Terra Forte, uma das maiores exportadoras de café arábica do Brasil, deram mais folego ainda ao mercado futuro.

Os preços no mercadofísico brasileiro subiram com força chegando a bater hoje pela manhã nos quinhentos reais por saca para os lotes de café arábica de boa qualidade. Os cereja descascados (CD) mais finos chegaram a ser negociados acima de quinhentos e cinquenta reais por saca. No período da tarde, com o recuo das cotações em Nova Iorque, o mercado físico acalmou, com compradores e vendedores adiando novos negócios para a próxima semana.

A alta do dólar frente ao real, reagindo aos problemas econômicos da Argentina, também contribuiu com a alta dos preços do café em reais. O volume de negócios fechados no mercado físico brasileiro foi bom, mas mesmo com a alta muitos cafeicultores preferiram ficar fora do mercado.

A CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento divulgou no dia, 25 de julho, o estoque brasileiro de café em 31 de março último. Segundo a CONAB o estoque em 31 de março era de 15.217.572 sacas de café.

Em nossa opinião, o estoque brasileiro de passagem deveria ser calculado no final do mês de junho e não no final de março, quando dá ao mercado internacional uma falsa imagem da situação do estoque brasileiro de café.

Até o dia 31, os embarques de julho estavam em 1.951.996 sacas de café arábica, mais 314.573 sacas de café conillon somando 2.266.569 sacas de café verde, mais 268.546 sacas de café solúvel, totalizando 2.535.115 sacas embarcadas, contra 2.516.958 sacas no mesmo dia de junho. Até o dia 31 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 3.020.708 sacas, contra 2.873.720 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 25, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 1, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 1.320 pontos ou US$ 17,46 (R$ 39,55) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 25 a R$ 527,99 por saca e sexta-feira, dia 1 a R$ 576,31 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 270 pontos. 

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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