Café: Com seca persistente no Brasil, especuladores têm dificuldade de derrubar as cotações

Publicado em 31/10/2014 17:07

Com o resultado da eleição presidencial, o real oscilou bastante frente ao dólar esta semana e acabou levando as cotações do café em Nova Iorque a oscilarem com amplitude menor. Os contratos de café com vencimento em dezembro próximo perderam 350 pontos esta semana e no mês de outubro caíram 535 pontos. Esses números mostram a dificuldade que os especuladores encontram para derrubar as cotações do café.

Pressionam bastante, mas a verdade é que a seca persiste e estamos entrando em novembro com um volume de chuvas bem abaixo do necessário. O déficit hídrico continua em boa parte das regiões produtoras de café do sudeste brasileiro e daqui para frente é provável que o volume das precipitações cresça.

Se crescerem, estancarão novas perdas, mas depois de dez meses de seca e temperaturas médias altas, nossa safra de café 2015 já está prejudicada. Os agrônomos não arriscam números e dizem que antes é necessário as chuvas se normalizarem, as últimas floradas abrirem e depois aguardar a formação dos “chumbinhos”. Este ano, mais ainda que nos anteriores, será preciso aguardar o mês de janeiro para termos números de safra minimamente confiáveis.

Mesmo com os agrônomos brasileiros afirmando que não é possível quantificar agora a próxima safra brasileira de café, um banco internacional divulgou esta semana sua estimativa. Nossas lideranças precisam pedir que ele informe como chegou a esse número.

A seca no sudeste brasileiro não sai das primeiras páginas dos jornais e o debate envolve climatologistas de todo o mundo. Não está descartada a possibilidade do problema se repetir em 2015.

O mercado físico brasileiro de café continua trabalhando com dificuldade. Os compradores oferecem bases bem abaixo das praticadas em Nova Iorque e os produtores vendem o mínimo que podem. Aguardam uma melhor definição da próxima safra brasileira e preços que reflitam a gravidade do quadro de seca no sudeste brasileiro. Nos preços atualmente oferecidos pelos compradores brasileiros apenas as grandes cooperativas vendem lotes maiores.

Até o dia 30, os embarques de outubro estavam em 2.212.169 sacas de café arábica, mais 204.655 sacas de café conillon somando 2.416.824 sacas de café verde, mais 90.398 sacas de café solúvel, totalizando 2.507.222 sacas embarcadas, contra 2.644.316 sacas no mesmo dia de setembro. Até o dia 30 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.157.439 sacas, contra 3.117.284 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 24, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 31, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 350 pontos ou US$ 4,63 (R$ 11,41) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 24 a R$ 623,66 por saca e sexta-feira, dia 31, a R$ 613,01 por saca. Hoje nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 40 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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