Brasil terá recorde histórico de produção de café em baixa bienalidade

Publicado em 09/09/2013 14:37

Este ano, o Brasil irá colher a maior safra de café já produzida no país no período de baixa bienalidade. A informação é da terceira estimativa da produção brasileira do grão para 2013, divulgada hoje (9) pelo Diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, na Semana Internacional do Café, em Minas Gerais.

O evento acontece até o próximo dia 12 em Belo Horizonte e é considerado o maior encontro do país voltado ao setor cafeeiro e reúne produtores, cooperativas, indústrias, equipamentos, produtos e profissionais do mercado.

De acordo com o levantamento, o Brasil deverá colher 47,54 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 6,46% (3,28 mi de sacas), se comparado aos 50,83 milhões do período anterior, de alta. A maior redução foi observada no café arábica, que teve queda de 1,68 mi, seguida pelo robusta, 1,61 mi.

De acordo com a Gerência de Avaliação de Safras da Conab, área responsável pelo levantamento, a redução se deve, sobretudo, ao ciclo de baixa bienalidade. Isso ocorreu na maioria das áreas de café arábica. Outro fator que interferiu na queda foi o regime de chuvas bastante irregular, aliado às altas temperaturas na maioria dos estados produtores e geadas no Paraná.

Estimada em 36.666,7 mil sacas, a produção de café arábica corresponde a 77,12% do volume de café produzido no país, e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com 25,87 mi de sacas. Já a produção do robusta, contabilizada em 10.877,3 mil sacas, representa 27,88% do total nacional e tem como maior produtor o Espírito Santo.

O estudo indica também outra tendência positiva: nas últimas safras, a diferença entre a alta e baixa bienalidade está reduzindo. “Este fato se deve à maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade”, esclarece Silvio Porto. Segundo ele, esses fatores são extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura.

Em relação à área plantada no país, a cultura do café totaliza 2.312.152 hectares, 0,74% inferior à safra passada, com uma redução de 17.205 hectares. Desse total, 302.287,4 hectares (13,07%) estão em formação e 2.009.864,7  hectares (86,93%) estão em produção. Em Minas Gerais está concentrada a maior área, 1.236,9 mil hectares, predominando a espécie arábica com 98,82% no estado. A área total estadual representa 53,49% da área cultivada com café no país, e consequentemente, o maior estado produtor.
 
Geotecnologia – Em relação aos avanços tecnológicos, a Conab vem utilizando, desde 2004, imagens de satélite, fotografias aéreas e informações georreferenciadas para fazer o mapeamento das áreas cultivadas nos principais estados produtores. Isso permite o aperfeiçoamento metodológico do sistema de previsão de safras no Brasil. No caso do café, já foram realizados mapeamentos em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Goiás, para mais de uma safra, e estão previstas ainda novas atualizações nesses estados. Também serão mapeadas as áreas cultivadas no Mato Grosso, no Rio de Janeiro, no Pará e no Distrito Federal. No principal Estado produtor, Minas Gerais, o resultado da validação foi de mais de 90% de exatidão para o Estado, sendo de 94,53% para o Sul e Centro-Oeste; 82,44% para o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste; 89,58% para a Zona da Mata, Rio Doce e Central; e 79,73% para o Norte, Jequitinhonha e Mucuri.

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Fonte:
Conab

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