Feijão: Produtividade baixa no interior de SP decepcionou, mas preços são remuneradores

Publicado em 28/10/2015 15:20
Repassar minimamente qualquer correção nos preços é, e será, uma tarefa praticamente impossível, comentava um grande empacotador de Minas Gerais. Os supermercados veem o “povo sumir” e cestinhas pequenas ao invés de carrinhos cheios. O alento para quem trabalha produto básico é que, antes de cortar feijão, certamente há uma lista imensa de produtos que desaparecerão da mesa do brasileiro. O jornal Valor Econômico ontem, em uma matéria consistente, comentou que derivados de trigo tiveram um recuo de 10% no consumo. Como? Pizzas, massas e confeitos em geral se tornaram luxo para o brasileiro em geral. Com este contexto, os desafios que encontramos na comercialização do feijão não são relevantes. Os preços agora são remuneradores ainda que no interior de São Paulo a produtividade baixa tenha sido motivo de decepção. A situação captada por nós ontem foi a seguinte:

Mato Grosso segue escoando lentamente. O consumo local sofreu menor impacto do que em outras regiões devido ao fato que dependem da agricultura principalmente, que, até agora, é o setor menos impactado pela inflação e corte de empregos. A estimativa é de saldo ao redor de 600 mil sacos, com o produto em poucas mãos. Preços desde R$ 115,00 para feijões nota 7,5/8 até R$ 125,00 para feijões que alcançam nota 8,5. Muitos produtores esperam R$ 130,00 para vender.

Em São Paulo há perspectiva de diminuição das chuvas a partir de hoje. Ontem ocorreram esporadicamente negócios com valores entre R$ 160,00/165,00. Os feijões levemente manchados ou danificados pelas chuvas permanecem com negócios entre R$ 145,00/150,00. Há chances de chuvas ainda hoje na região de Itaí, mas, na sequência, segundo os meteorologistas, teremos pelo menos dois dias sem chuvas. Nesta madrugada, os operadores do Brás, em São Paulo, informaram que houve oferta de 14.250 sacas, a maior parte vem sobrando desde a semana passada e são feijões comerciais. Duas cargas de feijão 9 acima alcançaram rapidamente R$ 170,00 e foram vendidas. Sobravam ainda, às 07h30, cerca de 12.500 sacas. Quem está com produto em cima do caminhão e é comercial vai acabar cedendo e vendendo mais baixo para não correr o risco de descarregar na região do Brás.

Bolsa de feijão do Brás

Saiba mais sobre o mercado de feijão no informativo da Correpar SÓ FEIJÃO

 

Fonte: Correpar

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