Análise de mercado do feijão
As chuvas dos últimos dias alcançaram volumes realmente expressivos. Já se constatou que é recorde histórico o volume total despejado sobre São Paulo, Paraná Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até mesmo as secretarias da agricultura que tem uma demora enorme em perceber as variações e que normalmente devido a falta de estrutura repassam números normalmente, nestes casos, muito duvidosos já apontam no Paraná registra-se no principal pólo de produção que é nos campos gerais uma perda de no mínimo10% de perda no volume, ou seja, vai ser colhido menos do que as estimadas 523 mil T.
FEIJÃO CARIOCA - Hoje é feriado em São Paulo, portanto não há registro da movimentação no atacado do Brás. A sexta feira foi bastante complicada do ponto de vista de ofertas com qualidade. Novamente a questão preço se tornou secundária diante da necessidade de encontrar produto seco e com boa aparência. Na região de MG e GO os preços estiveram ao redorde R$ 55/65. Já no PR as chuvas atrapalharam os trabalhos de colheita ao longo de todo o final de semana. O ar está mudando de complicações de colheita para catástrofe. A previsão para semana de chuvas intensas novamente no sul e sudeste leva a acreditar que podemos estar começando a viver um longo período de crise de qualidade e talvez, até mesmo de quantidade, de feijão nos próximos meses.
FEIJÃO PRETO - Mercado complicado novamente na sexta-feira. Muitos compradores estavam dispostos na sexta-feira a comprar, porém queriam qualidade. Eles não encontraram a qualidade necessária. No Paraná até mesmo o feijão mais fraco alcançouR$ 55/60 e os de melhor qualidade até R$ 65,isto nos pequenos cerealistas do interior. O preço pago ao produtor em pequenos lotes de 20 ou 30 sacos fica em média ao redor de R$ 5 abaixo do valor de venda dos cerealistas.