Análise de mercado do feijão
FEIJÃO CARIOCA - O leilão de ontem na BBM teve oferta em 80% dos lotes. Tanto os produtores como os compradores acharam muito boa esta alternativa . Com lotes vendidos dentro do preço de mercado começa a nascer uma nova referência de preço de feijão no Brasil. Será um passo a cada dia, mas em breve, várias fontes de produção poderão ofertar através da Bolsa ligada a BM&FBOVESPA. Ontem durante o dia em Minas e Goiás foram raras as ofertas de feijão nota 8,5/ 9 e o preço pedido pelo produtor foi de R$ 75. Como o pico de oferta já passou para estes feijões de melhor qualidade a tendência é que as poucas ofertas que aparecerem terão boa remuneração. No Paraná os feijões seguem entre R$ 45 e 55 para até 7,5.
FEIJÃO PRETO - Os produtores mantêm uma postura conservadora e de espera. Assim durante o dia de ontem a maior dificuldade foi encontrar oferta de boa mercadoria. Os compradores estão mais preocupados em ter feijão bom e pagam posto SP e MG com facilidade até R$ 78. Ocorre que com os preços praticados na fonte acima de R$ 65 o valor no mínimo precisa chegar á R$ 80 CIF.
Leilão de feijão via Bolsa negociou 143 toneladas
Este foi o primeiro evento da modalidade no país. Segundo os organizadores o pregão representa uma referência de preços segura e transparente, diferente do que se vê hoje no mercado.
Na manhã desta quarta-feira (24) ocorreu o primeiro leilão eletrônico de feijão via Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). Segundo os organizadores, o evento representou uma inovação na maneira de negociar feijão abrindo caminho para um mercado com operações mais rápidas e menos onerosas e, em especial, a possibilidade de ter uma referência de preços segura e transparente, diferente do que se vê hoje no mercado.
Foram ofertadas no evento 647 toneladas de feijão da região de Castro (Campos Gerais do Paraná), entre grãos do tipo carioca e preto. O evento ocorreu durante toda a manhã desta quarta. Oitenta e cinco por cento dos 19 lotes receberam ofertas e 143 toneladas do grão, direto do produtor, foram vendidas a preços próximos aos praticados no mercado (entre R$45 e R$55).
Murilo Garcia, analista da Correpar junto à BBM e um dos organizadores do evento, explica que o leilão ocorreu de forma bastante positiva. “A negociação foi tranqüila, dentro das expectativas. Apesar de nem todos os lotes alcançarem os preços pedidos, as ofertas demonstraram muito interesse de compra, o que significa que agora, abrimos mais uma porta para o mercado do feijão”.
A Cooperativa Batavo, participou do leilão oferecendo oito lotes. Destes, cinco foram negociados. Segundo o operador de mercado da organização, Mario Dykstra, o leilão representa mais do que apenas mais uma modalidade de venda. “Nós acreditamos que isso vai trazer uma maior liquidez ao mercado”, afirmou.
Dykstra comentou ainda que por ser ainda novidade, o leilão criou uma grande expectativa. Apesar dos produtores ainda estarem receosos, o evento não decepcionou. “Os produtores que acompanharam o leilão já viram que a ferramenta é bastante segura para eles. Esse foi só o primeiro. Agora, depende de bastante trabalho e dedicação levar a isso a todo mercado”, afirmou o Murilo Garcia.
Se depender da Cooperativa Batavo, isso não vai demorar. Dykstra já afirmou que a organização vai continuar a participar dos leilões. “Estamos apostando nisso, porque é um trabalho simples e transparente”, explicou.
Para Marcelo Eduardo Lüders, idealizador e organizador do evento esse primeiro leilão em Castro serve como modelo para que, a partir de agora, se de seqüencia na divulgação da tecnologia. “Estávamos esperando esse primeiro leilão, piloto, para levar a tecnologia para outras regiões onde haja condições técnicas para classificar o feijão. Vislumbramos que em um horizonte de seis meses já seja possível ter ofertas de todo Brasil”, finalizou.
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