Análise de mercado do feijão

Publicado em 03/05/2010 15:56

FEIJÃO CARIOCA – Desde o final da quinta-feira passada percebe-se um mercado diferente, bem mais firme nas fontes. Pagou-se até R$ 165 por feijão nota 9 em Goiás. Esta movimentação tem muito a ver, também, com a percepção do mercado de que o nordeste está ficando a cada dia mais vazio. No Ceará, por exemplo, choveu, durante o período de maior concentração pluviométrica, 270 mm, quando a média é de 590 mm. O déficit de grãos ocorreu em todas as macro regiões. Por esta razão, os empacotadores e especuladores daquela região estão acreditando muito no mercado e buscando de alguma forma estocar. Os feijões abaixo de 7 estão tendo dificuldades de encontrar mercado e foram negociados no interior ao redor de R$ 60/75 sendo que, em São Paulo, ficam em torno de no máximo R$ 90 nesta madrugada.  Com a oferta total em  27.500 sacas a venda foi de  50% na região atacadista do Brás. Os preços para o carioca 9 acima estão em R$ 180 mercadoria proveniente de Minas e Goiás. Já o feijão de Goiás, Minas, Paraná e Santa Catarina, nota 8,5 ficou entre R$165/172, nota 8 entre R$138/155.

 

FEIJÃO PRETO  - Com a produtividade muito baixa,  o mercado paranaense vai mantendo os níveis de preços apesar da expectativa de que  cedessem com maior intensidade nestes dias de pico de oferta. Como isto  não vem ocorrendo  muitas compras de empacotadores já que passaram a considerar seriamente a hipótese de trazer feijão da China. Faz sentido, pois este feijão tipo 1 chega custando aproximadamente o mesmo que o nacional custa hoje posto São Paulo e Rio, com a vantagem de ser catado a mão. Os argentinos seguem  falando muito a respeito da estiagem que teria diminuído a produtividade. Se isto realmente vier a se concretizar teremos novamente um feijão miúdo da Argentina. Apuramos que realmente existem regiões que sofreram severamente, mas outras que conseguiram um bom desenvolvimento. Os percentuais desta equação é que são imprecisos. 

 

 

 


Fonte: Correpar

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