Análise de mercado do feijão

Publicado em 31/05/2010 16:10 e atualizado em 01/06/2010 13:10

FEIJÃO CARIOCA –  Os principais mercados consumidores do Brasil seguem esperando uma baixa maior de preços para voltar a comprar. Os dias passam e a baixa não foi tão forte até o momento. Se esta baixa acontecerá em maior ou menor grau vai depender tão somente a reação do produtor. Está nas mãos dele decidir se cede ou não a pressão. Lógico que neste momento há uma maior pressão de ofertas que podem ser em algum grau afetadas por chuvas, como as chuvas previstas para interior paulista e o frio do Paraná. Até agora de maneira geral os supermercadistas continuavam esperando que houvesse um efeito maior os leilões do governo e a entrada da segunda safra. Ainda que se espere, até mesmo por conta da copa do mundo durante Junho um menor consumo,  teremos por outro lado dias mais frios que ensejam via de regra um maior consumo. Na semana passada ou mercado travou para nota 9 em R$ 150 em Minas e Goiás e no Paraná 8,5/9 R$ 145. Muitos compradores preferiram apostar e deixar para esta semana  pagar caro se não houver outro jeito. Nesta madrugada a oferta total entre amostras e caminhões efetivamente disponíveis em São Paulo foi 25.300 sacas e sobravam às 8 horas cerca de 12.300 sacas. O feijão nota 9 alcançou R$ 148,00 e o feijão nota 8,5 um máximo de R$ 126,00. 

FEIJÃO PRETO  -  Está complicada a vida dos empacotadores do Paraná. O feijão que vem das lavouras alcança até 40%  de umidade. Alguns produtores plantaram uma variedade que está péssima em termos de cozimento a cultivar campeiro principalmente. Muitos inclusive se recusam a comprar este material. Assim a alternativa é a comprar da Argentina por volta de US$ 750 por ton. Ocorre que algumas empresas já desapareceram comprando caro e vendendo o fardo barato mais tem algumas que ainda não quebram. Não se sabe que matemática permite comprar por R$ 85 e vender o fardo por R$ 50 no Rio. Estas empresas não lucram e impedem que as outras lucrem. Está chegando a hora do fim desta ciranda. Certamente em pouco tempo teremos este mercado naturalmente depurado pelo fato inevitável de quem vende no vermelho desaparece.  Em algum momento terá que empacotar feijão de baixa qualidade e neste momento o consumidor será o mais cruel e efetivo fiscal eliminando este cancro do mercado.  

 

 

Preço da Saca de 60 kg

 


Fonte: Correpar

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