Análise de mercado do feijão

Publicado em 04/06/2010 16:01

FEIJÃO CARIOCA – Nesta sexta-feira a grande maioria das empresas está trabalhando e empacotando feijões em todo o Brasil. Somente em São Paulo,  na região do Brás  não se trabalhou nesta madrugada.  Ontem pagou-se no campo ,em Minas Gerais, por um feijão nota 9/9,5 R$ 120/125. Esta tendência registrada nos últimos dias já era esperada. A mosca branca em São Paulo, Minas e Goiás forçaram o plantio tardio. Nestes estados haverá uma natural concentração de ofertas neste período que pode durar cerca 15 ou 20 dias, segundo diversos operadores do mercado. Sugestão a quem colher agora é dividir o lote em três ou em dois, dependendo do volume que tenha em mãos,  e vender parte agora e parte em mais alguns dias. Se a capacidade de espera for pequena convêm liquidar com maior rapidez. No Paraná,  a cada dia se confirma  a  pequena quantidade disponível no sudoeste e a rápida diminuição de oferta na região de Castro.  Ainda assim vai levar um pouco mais de tempo para termos, no segundo semestre, as janelas que permitirão maiores valorizações. No entanto devemos estar sempre nos perguntando: diante dos preços das demais commodities, o preço de venda de feijão não é muito bom? Certamente. 
 

FEIJÃO PRETO  -  Mercado continua calmo. A espera de que a Argentina adeque-se ao mercado brasileiro continua. Diversas ofertas foram registradas nos últimos dias por volta de US$ 750, porém alguns negócios  saíram por US$ 730. O volume de oferta da Argentina tende a aumentar e, se encontrar o mercado brasileiro apático , como nos últimos dias, não há dúvida que a força de mercado falará mais alto e poderemos ter preços melhores para compra. Segue a reclamação da qualidade do feijão nacional. Se houver comprador para cinco cargas de feijão tipo 1,  não adiantará se dispor a pagar mais caro, pois o volume de oferta deste feijão é muito pequeno. Preocupa os mais experientes o fato de que não haverá sementes de qualidade para que, em Agosto ,os plantios sejam iniciados. O preço está a  R$ 75/80 no produtor paranaense e R$ 95/100 CIF Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.   
 


Selo 100% Feijão: Após o Ibrafe ter sido  reconhecido pela  Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, o esforço agora é para reconhecer o empenho de marcas que são diferenciadas no mercado. O selo 100% Feijão segue cadastrando os melhores empacotadores do Brasil. Ontem foi realizada a primeira reunião do Comitê de Certificação composto pelo Ibrafe e  Instituto Totum.  O objetivo do selo é   que  as melhores marcas de feijão do Brasil sejam reconhecidas. Toda marca que se ressente da concorrência desleal  das marcas "terroristas" - que não respeitam o consumidor, empacotando feijão de baixa qualidade, por exemplo -  está atenta a oportunidade única de diferenciar seu produto perante o consumidor. As cestas básicas , bem como inúmeros varejistas entraram  em contato com o Ibrafe solicitando relação de marcas que estão credenciadas junto ao órgão. O selo reconhece as empresas que atendem os requisitos das boas práticas de fabricação, e os mais elevados critérios de classificação e respeito ao consumidor. Se a sua indústria ainda não esta credenciada, aproveite, e junte-se agora  a este grupo:  ibrafe@ibrafe.org.


 

Preço da Saca de 60 kg

 

Fonte: Correpar

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.
Feijão/Cepea: Cepea e CNA começam a levantar informações sobre a cadeia produtiva do feijão
Ibrafe: Continua complicada a colheita no Paraná
Demanda por feijão de qualidade sustenta preços do mercado brasileiro
Paraná inicia colheita da segunda safra com perspectiva de recorde para a produção de feijão