Análise de mercado do feijão

Publicado em 14/06/2010 16:01

FEIJÃO CARIOCA   7h30 - O mercado segue muito firme e as notícias de sexta-feira confirmam a previsão de mercado firme até a entrada mais forte do feijão irrigado. A reposição dos supermercados foi forte na semana passada. Ainda não foi totalmente repassado  para o fardo o valor da alta da semana, que foi no mínimo de R$ 10 por saco para o nota 9, ou melhor. Na sexta-feira houve oferta por feijão nota 10 em Unai de R$ 155. Poucos lotes estão sendo colhidos neste momento e não se descarta  a possibilidade de que aconteçam novas altas devido a pouca oferta deste produto. Pagou-se R$ 135/140  por feijão 8,5 no Paraná e pede-se até R$ 100/110 por feijão que não passa de nota 7 / 7,5. Aliás, este produto está tendo boa vazão para estados do Nordeste e cestas básicas da região Sudeste. No Sul, a diferença entre o feijão preto e cores de cerca de no mínimo R$ 25 por saca já aponta para um volume maior de venda de preto em detrimento do carioca. Apesar do meio feriado de terça-feira, pela copa do mundo, espera-se uma semana de boa vazão novamente. Em São Paulo, no Brás, a cotação ficou em R$175 para feijão nota 9, R$ 150 para nota 8,5, R$140 para nota 8, e R$110 para feijões nota 6.  Houve  entrada de 33 mil sacas e com venda de 11,500 sacas até as 7h. Sobrou 21,500 sacas para serem negociadas durante o dia. 

 

FEIJÃO PRETO   7h30 - A oferta reduzida de feijões de qualidade no Brasil fez com que diversos compradores decidissem, na sexta-feira, realizar compras na Argentina. Assim a possibilidade de queda do preço do argentino está temporariamente afastada. Naquele país, as chuvas e atrasos não permitem ainda que a colheita se desenvolva de maneira rápida e boa parte da oferta de feijão é 2009. Para os importadores brasileiros o importante é que o feijão seja graúdo e que cozinhe bem com bom caldo. A recomendação é que se desconfie de todos os lotes de feijão 2010 e se cozinhe o produto, pois nem todas as empresas exportadoras argentinas são confiáveis. Foram fechados muitos lotes na importação a valor de US$ 720/740 e na tarde de sexta-feira já eram raros os lotes disponíveis para embarque. Outro problema típico do período é a dificuldade  os fretes internos na Argentina.   O frio na região Sul tem repercutido em melhora da venda no Rio Grande o Sul , Paraná e Santa Catarina. Também no Sudeste as feijoadas de quarta-feira e de sexta-feira estão sempre lotadas. É interessante perceber o comportamento do consumidor que novamente, a exemplo de 2008, ao ver que o feijão esta ficando mais caro busca com mais intensidade repor seu estoque. Fala-se em substituição, mas o ser humano é curioso e o produto escasso estimula o consumo. A teoria da escassez entra em ação. Sobremaneira, em um período de crescimento econômico, passa ser curioso o comportamento do consumidor que se orgulha de colocar o feijão mais caro na mesa. 


 

 

Preço da Saca de 60 Kg

 

Fonte: Correpar

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