Feijão: Mercado segue com grande variação de preços

Publicado em 11/08/2010 15:59

FEIJÃO CARIOCA 7H30 - Ontem novamente houve mais compradores do que vendedores na região produtora em torno de Brasília, Goiás e  no Noroeste mineiro. O resultado foi que houve grande variação de preços. Alguns lotes foram vendidos por R$ 95 mas a grande maioria ficou acima de R$ 100 para o feijão nota 9,  com no mínimo 90% de peneira 12. No Mato Grosso também foram poucos os lotes vendidos por R$ 100 por saca de 60 quilos. Empacotadores já estão comunicando aos supermercados de que a baixa foi temporária e que os preço do fardo deverão subir rapidamente. A grande maioria dos supermercados, como sempre, não chegaram a baixar o preço do quilo. Apenas promoveram algumas marcas como chamariz. Nesta madrugada, o volume oferta ficou em 12.300 sacas com saldo de 8 mil sacas em torno das 7h.  Os preços continuam firmes, R$ 115 para nota 9, R$ 105 para nota 8 e R$ 80 para nota 7. 

FEIJÃO PRETO 7H30-  O mercado deste feijão vai dia a dia, e  mais lentamente, valorizando e aumentando a procura. Ontem ainda aconteceram negócios ao redor de R$ 75/80 FOB Paraná. Feijão boliviano considerado tipo 1 foi negociado em São Paulo por R$ 80 em pequenas quantidades,  porém muito miúdo e com severos problemas de "panela" ou seja o caldo destes lotes tem sido considerado ralo Ocorreram negócios para feijão tipo 1 argentino e nacional maquinado e polido por R$ 95 CIF,   no Rio de Janeiro.

ALERTA PARA A REGIÃO SUL 

Difícil saber em que previsão climática acreditar,  afinal o fenômeno La Niña pode ir de ameno até intenso. Na dúvida é prudente trabalhar com mais de uma previsão. Veja a matéria abaixo do site da Somar Meteorologia sobre o que se espera para a Primavera e Verão com forte impacto sobre os feijões. Vale lembrar que o ano de 1998 foi marcante na história recente do feijão com forte valorização naquela oportunidade.      


FENÔMENO LA NIÑA INTENSO INFLUENCIA A ATMOSFERA AO LONGO DA PRIMAVERA, VERÃO E OUTONO


A temperatura da água do Oceano Pacífico na altura da Linha do Equador está mais baixa que o normal em todas as áreas, desde o "Niño 1+2" (leste) até o "Niño 4" (oeste do Oceano), segundo dados de 28 de julho. A área "Niño 3.4", onde existe maior correlação com os efeitos na atmosfera, registra desvio entre -1°C e -1,5°C. Entretanto, como há uma defasagem entre Oceano e Atmosfera, víamos na atmosfera até a semana passada uma condição mais próxima do fenômeno El Niño, com excesso de chuvas na Região Sul. Apenas as previsões do tempo desta semana começaram a indicar uma situação mais próxima da normalidade, com menor freqüência de chuvas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná neste mês de agosto. Voltando às previsões de temperatura do Oceano Pacífico, a análise de 01º de agosto indica que até pelo menos abril de 2011, a temperatura permanecerá mais baixa que o normal na região "Niño 3.4". O auge do La Niña acontece entre outubro e novembro, quando as simulações indicam desvio de -2,5°C, configurando um fenômeno intenso. A partir daí, o desvio diminui lentamente, mas permanecerá abaixo de -1,5°C em abril de 2011, último mês de simulação. Ou seja, a influência do fenômeno La Niña será perceptível ao longo da próxima primavera, do verão e, de pelo menos até o outono do ano que vem. Independentemente da intensidade do último El Niño e do próximo fenômeno La Niña, a rápida variação da temperatura do Oceano Pacífico em poucos meses nos remete ao ano de 1998, quando a variação também foi bastante significativa. Por fim, algumas pessoas nos perguntaram sobre a duração deste fenômeno La Niña. Vale lembrar que depois da rápida mudança em 1998, o fenômeno La Niña foi duradouro e prosseguiu até o início de 2001. Para responder a esta pergunta, apela-se a anomalia da temperatura sub-superficial da água do Oceano Pacífico na altura da Linha do Equador. Apesar da temperatura mais baixa que o normal em toda a superfície, o oeste do Oceano já registra temperatura mais elevada que o normal, especialmente entre 150 e 200 metros de profundidade. Em anos anteriores, a atual configuração fez com que o fenômeno La Niña não se prolongasse por muito tempo. Ou seja, apesar de não ser possível responder até quando irá o fenômeno La Niña, é possível cogitar a hipótese de que este fenômeno não será tão duradouro quanto o registrado entre 1998 e 2001.

* NORTE

Na quarta-feira, o sol aparece entre muitas nuvens e chove a qualquer hora do dia em Roraima, no Amapá e no norte do Pará e do Amazonas. Sol e tempo abafado, com aumento de nuvens e pancadas de chuva a partir da tarde na região de Manaus no Amazonas. Tempo aberto, com sol forte e bastante calor à tarde e sem chuva, nas demais áreas da Região. A umidade chega a valores entre 20 e 30% no período da tarde.


* NORDESTE


Na quarta-feira, áreas de instabilidade deixam o tempo chuvoso no sul da Bahia. O tempo também fica instável, com sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva a qualquer hora do dia nas demais áreas do leste baiano, inclusive no Recôncavo, no centro-leste de Pernambuco, em Alagoas, no Sergipe, no norte e no litoral do Maranhão e no litoral da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Nas demais áreas, o ar mais seco predomina e deixa o tempo firme, com sol forte, calor e baixa umidade do ar à tarde.


* SUL


Na quarta-feira, novas áreas de instabilidade provocam aumento de nuvens nas áreas gaúchas que fazem fronteira com o Uruguai. Nestas áreas o sol ainda aparece, mas ocorrem pancadas de chuva no período da noite. No leste do Paraná e no Vale do Itajaí em Santa Catarina, algumas nuvens se formam e chove fraco, mas o sol aparece em alguns momentos. Nas demais áreas da Região o sol aparece forte e não chove.


* SUDESTE


Na quarta-feira, o céu fica nublado e ocorrem chuviscos no Espírito Santo e no Vale do Rio Doce. Sol entre muitas nuvens e chuviscos pela manhã no leste paulista, mas o sol aparece aos poucos. No Rio de Janeiro e na zona da mata mineira o tempo abre devagar e o sol aparece, mas sempre entre nuvens. Nas demais áreas do Sudeste, o sol aparece forte, poucas nuvens se formam e não há previsão de chuva.


* CENTRO-OESTE

Nesta quarta-feira, todo o Centro-Oeste segue sob influência de uma grande massa de ar seco, que deixa o céu praticamente sem nebulosidade. Com isso, o sol brilha forte, a temperatura fica elevada e não há expectativa de chuva para a Região. A umidade atinge valores abaixo de 20% no período da tarde principalmente em áreas de Goiás e do Distrito Federal.
 

 

Preço da Saca de 60 kg

 

Fonte: Correpar

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