Feijão: Em São Paulo oferta de 25 mil sacas e sobra de 20 mil

Publicado em 18/11/2010 16:13

Feijão Carioca: Produtores com feijão nota 7,  7,5 e 8 nas mãos vão ficando agoniados e, mais que isso, pressionados pelas contas a pagar,  decidiram se livrar a qualquer preço dos seus estoques. Quem comprou  no final da semana passada pagando R$100 agora vê que fez um mal negócio pois os produtores ofertam o mesmo produto por R$85 / R$90 em Minas e Goiás.
Na Bahia,  em Barreiras,  onde o feijão tinha "acabado" segue sendo ofertado por R$ 85/90. Na visão dos empacotadores,  os produtores deixaram de vender a R$150 e R$200,  depois a R$ 100 nao quiseram vender e, agora, abriram a porteira de vez. Diante desta situação os empacotadores,  de uma lado,  postergam novas compras e, de outro, tentam desovar, com prejuizo, o feijão que está estocado com valores mais altos. Existe ainda, pelo lado negativo,  o fato de que com as chuvas desta semana há mais feijão comercial sendo ofertado, mais um fato baixista. Porém, contudo,  ainda temos a perspectiva de um final de mês que pode ser uma tênue luz neste momento. Assim,  ainda que tenhamos pingando aqui e acolá, na região Sul, algo de feijão novo, a safra sairá com força mesmo, se tudo continuar correndo bem,  somente  no mês de Janeiro. Nesta madruga em São Paulo oferta de 25 mil sacas e sobra de 20 mil até às 7h30. Nota 9 foi vendido a R$135. Nota 8 a R$115 e feijão nota 7 vendido a R$100. 
 


Feijão Preto: Aos poucos surgem alguns negócios aqui e acolá. R$ 100/ R$105 em São Paulo para feijão nacional ou argentino de boa qualidade. O grande fantasma é a chegada do feijões chineses. A cada dia libera-se um pouco mais. O perigo são as empresas que estão acostumadas a importar outros produtos e que importam ocasionalmente o feijão. Se bater o desespero,  poderemos ver preços mais baixos em breve. Mesmo por que,  quem importou cedo recebe agora até mais barato que os últimos que importaram. Somado ao leilão que deverá abrir por R$ 72 ou menos,  não há mais espaço para valorização razoável até o final do ano.  

Fique de olho -  O II Fórum Brasileiro de Comercialização realizado concomitante a II Encontro Paranaense do Feijão reunirá mais de 3 mil pessoas em seus dois dias de palestras. O foco será algo inédito nesta cadeia produtiva. Serão abordados temas como o que ocorre porteira à fora e como diversos atores podem contribuir para a divulgação dos benefícios do feijão. Pouco adianta sabermos que o ser humano precisa de feijão. Que a população brasileira que diminuiu o hábito de consumo está pagando desde já um preço alto e sacrificando a saúde. Sabemos que os times que praticam esportes como futebol, vôlei e basquete quando vão para o exterior levam junto o feijão. Que nas Olimpíadas todos os dias há feijão para os atletas e que o feijão na verdade não engorda. Tudo isso precisa chegar aos ouvidos do povo. Se o consumidor quer praticidade há o feijão pronto, mas como a população está recebendo estas novidades? Alunos de Nutrição e engenheiros  de alimentos, que formam a opinião do povo discutirão esses e outros temas relacionados aé feijão. Qual é o papel do produtor, como as novas variedades podem ter impacto positivo? Os campos de experimento, com mais de 30 linhagens, apresentados durante o fórum darão o norte para os próximos anos de desenvolvimento.


 

 

 

Fonte: Correpar

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