Feijão: Em São Paulo oferta de 25 mil sacas e sobra de 20 mil
Feijão Carioca: Produtores com feijão nota 7, 7,5 e 8 nas mãos vão ficando agoniados e, mais que isso, pressionados pelas contas a pagar, decidiram se livrar a qualquer preço dos seus estoques. Quem comprou no final da semana passada pagando R$100 agora vê que fez um mal negócio pois os produtores ofertam o mesmo produto por R$85 / R$90 em Minas e Goiás.
Na Bahia, em Barreiras, onde o feijão tinha "acabado" segue sendo ofertado por R$ 85/90. Na visão dos empacotadores, os produtores deixaram de vender a R$150 e R$200, depois a R$ 100 nao quiseram vender e, agora, abriram a porteira de vez. Diante desta situação os empacotadores, de uma lado, postergam novas compras e, de outro, tentam desovar, com prejuizo, o feijão que está estocado com valores mais altos. Existe ainda, pelo lado negativo, o fato de que com as chuvas desta semana há mais feijão comercial sendo ofertado, mais um fato baixista. Porém, contudo, ainda temos a perspectiva de um final de mês que pode ser uma tênue luz neste momento. Assim, ainda que tenhamos pingando aqui e acolá, na região Sul, algo de feijão novo, a safra sairá com força mesmo, se tudo continuar correndo bem, somente no mês de Janeiro. Nesta madruga em São Paulo oferta de 25 mil sacas e sobra de 20 mil até às 7h30. Nota 9 foi vendido a R$135. Nota 8 a R$115 e feijão nota 7 vendido a R$100.
Feijão Preto: Aos poucos surgem alguns negócios aqui e acolá. R$ 100/ R$105 em São Paulo para feijão nacional ou argentino de boa qualidade. O grande fantasma é a chegada do feijões chineses. A cada dia libera-se um pouco mais. O perigo são as empresas que estão acostumadas a importar outros produtos e que importam ocasionalmente o feijão. Se bater o desespero, poderemos ver preços mais baixos em breve. Mesmo por que, quem importou cedo recebe agora até mais barato que os últimos que importaram. Somado ao leilão que deverá abrir por R$ 72 ou menos, não há mais espaço para valorização razoável até o final do ano.
Fique de olho - O II Fórum Brasileiro de Comercialização realizado concomitante a II Encontro Paranaense do Feijão reunirá mais de 3 mil pessoas em seus dois dias de palestras. O foco será algo inédito nesta cadeia produtiva. Serão abordados temas como o que ocorre porteira à fora e como diversos atores podem contribuir para a divulgação dos benefícios do feijão. Pouco adianta sabermos que o ser humano precisa de feijão. Que a população brasileira que diminuiu o hábito de consumo está pagando desde já um preço alto e sacrificando a saúde. Sabemos que os times que praticam esportes como futebol, vôlei e basquete quando vão para o exterior levam junto o feijão. Que nas Olimpíadas todos os dias há feijão para os atletas e que o feijão na verdade não engorda. Tudo isso precisa chegar aos ouvidos do povo. Se o consumidor quer praticidade há o feijão pronto, mas como a população está recebendo estas novidades? Alunos de Nutrição e engenheiros de alimentos, que formam a opinião do povo discutirão esses e outros temas relacionados aé feijão. Qual é o papel do produtor, como as novas variedades podem ter impacto positivo? Os campos de experimento, com mais de 30 linhagens, apresentados durante o fórum darão o norte para os próximos anos de desenvolvimento.