Soja: Demanda de exportação dá sustentação aos preços e mercado fecha no azul em Chicago

Publicado em 01/10/2010 07:22
Notavel demanda de exportação de soja norte-americana ainda segura os seus respectivos preços futuros, em Chicago.
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Nesta quinta-feira, trinta de setembro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com ganhos moderados, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Estima-se que os fundos de especulação tenham comprado cerca de 5.000 lotes futuros (680.000 toneladas) de soja.

O avanço das cotações da oleaginosa na sessão futura nesta data foi atribuído em grande parte ao excepcional volume de registros prévios de venda de soja norte-americana destinada à exportação efetuados na semana passada, ou seja, 1.737.600 toneladas métricas (o maior montante de vendas semanais da oleaginosa estadunidense dos últimos seis meses), das quais 1.295.200 toneladas destinadas à China. As expectativas prévias dos participantes do mercado situavam-se entre 800.000 e 1.500.000 toneladas.

Analistas em Chicago acreditam que a continuada e notável intensidade da demanda chinesa por soja teve o efeito de pressionar os fundos de especulação a interromper a realização de lucros observada durante os dois últimos pregões, neste finalzinho de mês e de trimestre. A demanda de exportação pela soja norte-americana superou a tendência sazonal de recuo das cotações da oleaginosa face à pressão de oferta determinada pelo avanço da colheita da oleaginosa nos EUA. E aquela  forte demanda ainda permitiu a aparente superação de condições e/ou previsões climáticas favoráveis ao plantio de soja no Brasil, no curto prazo. Algumas posições futuras vendidas em Chicago a descoberto foram agora devidamente liquidadas.

Os registros de vendas destinadas à exportação de óleo de soja norte-americano efetuados na semana passada também surpreenderam os traders de Chicago pela sua expressiva quantidade, ou seja, 77.000 toneladas. No acumulado, os registros de venda de óleo de soja nos EUA já correspondem a 52,5 % da previsão total de exportação dessa commodity estadunidense em todo o decorrer do presente ano-safra 2010/2011. Em contrapartida, a média das exportações acumuladas de óleo de soja até esta época do ano - em cada um dos cinco últimos anos-safra - corresponde a apenas 6,8 % da média do somatório das metas de exportação fixadas pelo Departamento de Agricultura do citado país (USDA) relativas a cada ano, para a commodity em apreço de origem norte-americana.

A renomada consultoria de óleos vegetais - Oil World - divulgou nota em que afirma que a demanda global de óleo de soja destinado ao biodiesel e/ou destinado à alimentação humana será de tal ordem que obrigará as  fábricas processadoras de soja a incrementar acentuadamente o ritmo de processamento da oleaginosa, ainda que inexista concomitante demanda pelo farelo de soja (resultado do esmagamento). O alto preço do óleo compensará o eventual recuo do preço do farelo. Desta circunstância, poderá resultar mais um motivo de incremento da demanda mundial de soja em grão. Os preços futuros do petróleo registraram expressivos ganhos (vide gráfico abaixo) nesta data e este poderá ser outro fator positivo e benéfico para as cotações futuras de soja em Chicago, nos próximos pregões, se mantida a tendência.

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Fonte:
SojaNet

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