Soja: Com clima favorável nos EUA, preços encerram a segunda-feira em leve queda na CBOT
Comentário:
Nesta segunda-feira, quatro de outubro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com leves perdas, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Após os acentuados retrocessos dos dois últimos pregões futuros, compras futuras da oleaginosa, de parte de usuários finais conferiram algum suporte às cotações de soja, em Chicago.
Esse suporte não foi suficiente, entretanto, para manter aquelas cotações em terreno positivo, face à insegurança gerada pela influência de fatores negativos tais como (i) a forte pressão vendedora associada ao progresso da colheita nos EUA e (ii) os relatos de produtividades expressivas, em parte das lavouras norte-americanas de soja.
A forte demanda global (e particularmente chinesa) por soja em grão certamente confere sustentação às cotações futuras de soja em Chicago, mas essa sustentação é relativizada e minimizada pelo crescente influxo de soja norte-americana recém colhida em direção aos principais centros de processamento e aos portos de exportação.
Além disso, o clima nas principais regiões produtoras da oleaginosa nos EUA é ameno e favorável à rápida evolução da colheita da safra 2010/2011. Também negativos foram nesta data a firmeza do Dólar norte-americano perante o Euro e perante outras moedas conversíveis e o recuo dos preços dos metais preciosos.
Estranhamente, ninguém comenta em Chicago sobre a gravidade da estiagem no Mato Grosso (com graves danos ao plantio de soja precoce), ou sobre o excepcional rally de alta das últimas sessões futuras (exceto nesta data) dos preços futuros do petróleo (vide gráfico abaixo), ou seja, dois importantes fatores que deveriam estar conferindo algum suporte adicional às cotações futuras de soja, mas que parecem, por enquanto, relegados ao esquecimento.