Sustentada pela forte demanda, soja encerra a sexta-feira em alta na Bolsa de Chicago

Publicado em 08/11/2010 06:15
Traders em Chicago esperam corte pelo USDA do estoque de passagem da safra 2010/2011 norte-americana de soja. Face à inexorável demanda global, os estoques cedem.
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As cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com ganhos significativos, nesta sexta-feira, cinco de novembro de 2010, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima, tendo atingido os seus mais altos níveis dos últimos dois anos. A alta de todo o complexo soja foi liderada pelo óleo de soja, em função da inflação global de preços e da escalada para cima das cotações relativas a todos os óleos vegetais.

A renomada consultoria de Hamburgo - Oil World - mencionou em vinte e dois de outubro último a perspectiva de escassez global de óleos vegetais. A cotação futura de óleo de soja atingiu nesta sexta-feira o seu mais alto nível desde agosto de 2008, impulsionada pela alta geral de preços de óleos vegetais e pelos limites de alta registrados na bolsa chinesa de futuros tanto das cotações de óleo de palma, como daquelas de óleo de soja.

A cotação mais alta nesta data do Índice de Dólar (vide quarto gráfico abaixo) resultou de dados mais positivos do que o esperado, sobre números relativos a emprego, nos EUA. Essa valorização do Índice espelha a valorização da moeda norte-americana e isso representou resistência (pressão baixista) de curto prazo, sobretudo verificada nos pregões futuros de milho e de farelo de soja, em Chicago. Para alguns traders, a noção de novo fortalecimento da economia estadunidense é, entretanto, encarada como positiva para os preços futuros das commodities em geral, no médio e no longo prazo.

Outrossim, circulam comentários em Chicago de que o vigoroso ritmo das exportações de soja  norte-americana forçará o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) a reajustar para cima, no seu importante relatório WASDE que sairá na terça-feira, nove de novembro corrente, o total projetado para todo o ano-safra 2010/2011 das exportações da oleaginosa norte-americana.

Mesmo sem tal reajuste, o total das exportações até o momento acumuladas de soja norte-americana já representa 69,9 % do total geral previsto pelo USDA para todo o referido ano-safra. Em contrapartida, o percentual médio exportado até esta mesma época do ano-safra, conforme calculado pelo USDA para as cinco últimas safras estadunidenses  da oleaginosa representa apenas 45,5 % da média dos respectivos totais projetados. A expectativa geral é de que ocorrerá algum corte no estoque final (estoque de passagem) de soja na safra norte-americana 2010/2011. Talvez venha a ser um corte expressivo e maior do que o esperado, por conseguinte muito positivo, eventualmente.

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Fonte:
SojaNet

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