Soja: preços sobem na segunda-feira sem anuncio da China
As cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com ganhos expressivos, nesta segunda-feira, quinze de novembro de 2010, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima.
Nesta data, vigorou tônica mais otimista no pregão futuro de soja, sem que a China tivesse anunciado qualquer incremento de taxa de juros durante o fim-de-semana, tendo prevalecido o consenso entre os participantes do mercado de que aquele país asiático continuará em seu papel de ativo importador de alimentos e de forrageiras.
As perdas maciças de sexta-feira passada passaram a ser encaradas mais como correção referente a mercado em condições excessivamente compradas (overbought), ao passo que os firmes fundamentos de oferta e de demanda da oleaginosa conferem suporte às respectivas cotações futuras, em Chicago.
Rich Feltes, Vice-Presidente de Pesquisa da firma R. J. O’Brien de Chicago, afirmou \"que os dados publicados nesta data sobre o esmagamento de soja norte-americana em outubro ensejaram sustentação às cotações futuras da soja, mas que o apetite da China pela oleaginosa permanece como o fator de maior importância para as cotações da mesma, em Chicago\".
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou nesta segunda-feira que firmas exportadoras privadas norte-americanas reportaram ter vendido para a China 105.000 toneladas de soja em grão e 20.000 toneladas de óleo de soja. A NOPA - Associação Nacional Norte-Americana de Processadores de Oleaginosas informou nesta data que em outubro foram esmagadas nos EUA cerca de 4,1 milhões de toneladas de soja, ou seja, aproximadamente um milhão de toneladas a mais daquilo que era esperado pelos participantes do mercado. Em setembro passado foram esmagadas naquele país tão somente cerca de 3,4 milhões de toneladas de soja.