Trigo: Preços se estabilizam no Paraná com menor intensidade de compras e vendas

Publicado em 28/09/2010 18:36
No Paraná, após onze semanas consecutivas de alta, os preços do trigo permanecem estacionados em R$ 25,93/sc para o produto da safra passada desde a quinta-feira. Obviamente que a semana está apenas no começo, mas de qualquer forma, as cotações do trigo não fecham um período em baixa desde o dia 9 de julho, o que não deve ocorrer nesta semana, quando se espera uma nova retomada dos negócios marcando o início de outubro. Produtores e cooperativas estão bastante preocupados com o plantio da safra de verão de milho e já planejando também a iminente semeadura da soja, o que pode estar contribuindo para esta menor atividade observada no mercado do trigo. Como sabemos, o plantio do milho está bastante atrasado e é preciso aproveitar a umidade do solo alcançada com as últimas chuvas, o que tem exigido dedicação exclusiva do agricultor ao campo. Da mesma forma, os moinhos tem adquirido nas últimas semanas um volume grande de matéria-prima para garantir a produção de farinhas e é natural uma desaceleração nesta fase de final de mês, em que a atenção maior muitas vezes está no fechamento de novos contratos enquanto as máquinas operam a todo vapor. Apesar da média de preços um pouco inferior, a maioria absoluta das regiões produtoras tem registrado cotação bastante homogênea, de R$ 26,00/sc em praças de comercialização como Londrina, Maringá, Toledo, Campo Mourão e Cascavel. O produtor adota uma postura cadenciada também na comercialização da nova safra, com garantia de consumo maior por parte dos moinhos, ao menos até a colheita da safra argentina, que só ocorre a partir de dezembro. Da mesma forma, as duas últimas quedas semanais das cotações do trigo, ainda que leves, também contribuem para uma desaceleração do ritmo dos ganhos aqui no Brasil, mas não chegam a refletir em queda, pois a perspectiva a longo prazo continua negativa para o cereal, ainda que não haja novos fatores de baixa neste momento. Dessa forma, segue situação favorável ao produtor e a pressão de negociação dos moinhos para buscar preços de compra mais vantajosos.
Fonte: AF News

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