Preços do trigo acumulam leve queda neste mês de outubro

Publicado em 29/10/2010 16:46

Neste mês de outubro, o trigo registrou queda em todas as regiões produtoras pesquisadas, exceto no Rio Grande do Sul, onde o cereal conseguiu manter o ritmo de alta no mercado de Balcão e permanecer estável no mercado de Lotes. No entanto, as foram relativamente pequenas, cabendo ressaltar que elas expressão mais uma tendência de estabilidade do que propriamente de desvalorização do trigo. Dentre as praças de comercialização, o pior desempenho foi observado em Santa Catarina, onde o preço médio do estado recuou 1,9% e fechou o mês em R$ 25,83/sc para um trigo com qualidade superior e PH 78. Logo em seguida temos a cotação média para o Estado de São Paulo, que após manter-se estável em R$ 29,00/sc desde o dia 17 de setembro, acabou recuando esta semana para R$ 28,52/sc, o que culminou em uma queda mensal de 1,7%. Na contramão das regiões produtoras de Itapeva e Assis, o trigo comercializado em Avaré conseguiu registrar alta de 0,3% no mês, após registrar preço de venda de R$ 30,10/sc. já no Paraná, que como maior produtor expressa de forma mais abrangente o comportamento do mercado nacional, houve um pequeno recuo de 0,9% nos preços em outubro o que confirma a relativa estabilidade do mercado neste período de 29 dias. É importante também salientar que esta queda foi registrada no mercado de Balcão, cujo preço é de R$ 25,67/sc, enquanto que no mercado de Lotes houve queda de 1% no preço, que nesta sexta-feira foi cotado em média a R$ 480,00/ton. Já no Rio Grande do Sul, como já antecipamos, houve alta de 1,3% no preço médio pago aos produtores no mercado de Balcão, com os preços passando de R$ 21,71/sc no início do mês para R$ 22,00/sc esta semana. Porém, no mercado de lotes o resultado não foi o mesmo, e o valor médio acabou caindo cerca de R$ 10,00/ton, fechando o mês cotado a R$ 420,00.   O início da colheita e a menor demanda sentida pelos produtores foi o motivo para este comportamento negativo dos preços do trigo nacional em outubro, cenário que só não foi pior porque no mercado internacional as cotações acabaram se recuperando e porque o produtor resistiu em vender o cereal por preços menores e conseguiu através desta regulação da oferta minimizar os efeitos da procura também menor. Contudo, é importante salientar que a nova elevação dos patamares de preços nas Bolsas americanas ainda não refletiu no mercado brasileiro, o que só deve acontecer ao longo do próximo mês e ainda assim se os países vizinhos do Mercosul acompanharem a tendência mundial e elevarem seus preços de exportação também.

 

Fonte: AF News

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