Governo libera recurso para quitação das dívidas de AGF com produtores e cooperativas e promete novidades para a safra atual

Publicado em 03/11/2010 15:42
Após a última reivindicação enviada ao Ministério da Agricultura, Fazenda e Planejamento pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná e pela Organização das Cooperativas do Paraná, o governo federal finalmente liberou os recursos para quitar seus débitos junto aos produtores e cooperativas pela compra de trigo nacional da safra 09/10. A programação financeira definida na última quinta-feira numa reunião entre representantes da Fazenda e da Agricultura destinará R$ 49,2 milhões para a concretização da compra do trigo para a formação de estoques públicos pelo preço mínimo da atual safra, o que exigirá nova classificação do grão. O montante zera a dívida do governo pendente desde o ano passado com as cooperativas e seus produtores, pois, o recurso total destinará R$ 43,6 milhões ao Paraná, R$ 3,7 milhões para o Rio Grande do Sul e R$ 1,9 milhão para São Paulo.
 
O início das operações deve ser feito ainda nesta primeira quinzena do mês e não de forma imediata, uma vez que depende de planejamento operacional da Conab. Ainda de acordo com a Assessoria de Imprensa da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, da qual faz parte o Deputado Federal Moacir Micheletto (PMDB/PR), que juntamente com as entidades citadas acima tem intercedido junto ao governo para a solução do impasse, esta semana deve ser publicado a portaria interministerial liberando recursos para o escoamento da atual safra 2010/11. Para a produção atual, que ainda não foi totalmente colhida no Brasil, o instrumento adotado deve ser o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) que permitirá o apoio à comercialização de um volume maior de grãos com o recurso que deve ser de R$ 30 milhões, uma vez que o governo arcará apenas com a diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado (prêmio) e não o valor integral do produto, como ocorre no caso do AGF.
 
Com a comercialização lenta da safra atual, ainda que com ritmo bem superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando o estado colheu uma péssima safra em termos de rendimento e qualidade, o pagamento das dívidas pendentes vem em boa hora para capitalizar produtores e cooperativas e propiciar a eles uma situação mais confortável para comercializar a produção atual, que apesar de não ter atingido o nível de qualidade esperado dispõe de melhores grãos. A medida deve auxiliar também na melhor segregação do produto quanto aos parâmetros de qualidade e evitar que bons lotes de produto sejam depreciados, inclusive em preço passível de ser atingido quando misturado ao trigo da safra passada ou a lotes piores de qualidade inferior desta temporada. A produção desta safra deve fixar-se em 5,4 milhões de toneladas, contando ainda com mais 2,4 milhões de toneladas de estoque remanescente da anterior, dos quais 721,55 mil toneladas estão nas mãos do governo compondo os estoques reguladores. Tamanho volume de trigo disponível para oferta desacelerou os ganhos que vinham sendo contabilizados pelos produtores e causou de estagnação à leve queda nos preços do trigo no Paraná, Rio Grande do Sul e também em São Paulo.
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Fonte:
AF News

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