Mercado do Boi Gordo: Começou 2013!

Publicado em 07/01/2013 10:30
Mais um ano que começa, amigos! E é com a chegada dele que aproveito para desejar a todos os amigos, parceiros e clientes da AgriFatto um 2013 com muita saúde, paz e mais nada, afinal, todo o resto depende de nós mesmos. E como depende de nós, busquemos realizações pessoais e profissionais através de muito esforço e trabalho honesto. Essa é a maior benção que consigo imaginar para cada um de nós!

E o ano começa com uma notícia interessante: aumentou a participação de fêmeas no abate do terceiro trimestre de 2012. Na verdade, a notícia saiu ainda no fim de 2012, mas mais importante que o número em si é a análise cuidadosa dele.

Quem nos acompanha há algum tempo sabe que o terceiro trimestre de todos os anos tem um significado especial na análise do ciclo pecuário. O motivo é que ele é um trimestre “neutro”, que não sofre mais influência do descarte de fêmeas por ocasião da reposição de matrizes ou pela simples repetição do cio após a estação de monta. Não, não, o terceiro trimestre é limpo de qualquer maquiagem que se possa dar aos dados de abate. Observem a tabela 1, amigos. Com ela podemos realizar diversas análises e a estou dando de presente neste início de ano!

Tabela 1


Observem nela um dado interessante: em todo 2012, praticamente (ainda falta o último trimestre), tivemos os abates de fêmeas frente ao total acima de 40%, proporção acima da média histórica tanto para a fase de baixa como para a fase de alta do ciclo pecuário.

Outro dado interessante que podemos tirar da tabela é que isso só aconteceu quando a pecuária estava atingindo o fundo do poço em termos de preço. 

A parte boa dessa observação é que desta vez não precisamos chegar a uma queda tão grande quanto a ocorrida entre 2005 e 2006 para atingirmos a média de 43% (parcial) de fêmeas abatidas em 2012. Isso significa que o clima, o consumo (externo e interno) e o crescimento econômico dos últimos anos podem ter amenizado a queda e acelerado o abate de fêmeas. 

Em outras palavras, isso poderá fazer com que o mercado sinta falta dos bezerros mais cedo do que o costumeiro e com que a fase de baixa dure menos desta vez.

A parte ruim é que o movimento observado em 2012 deverá continuar em 2013, ou seja, podemos ter outro ano morno pela frente, para não dizer ruim. Afinal, com custos em alta e preços em baixa nossas margens se estreitaram bastante no ano que passou.

E no curto-prazo?

Trabalhamos com um mercado mais firme e o pecuarista está aparentemente montado em cima do boi. Mas não se enganem, amigos. O movimento atual é típico do início do ano. Explico.

As últimas semanas de dezembro contam com pouco movimento no balcão do frigorífico e consequente baixo volume comprado. Afinal, quem vende boi entre o Natal e o ano novo?Enquanto isso, o brasileiro faz festa, amigo secreto, churrasco, reencontros, etc. E isso tudo melhora o consumo de carne que, juntamente com o menor volume de compras dos frigoríficos, enxuga os estoques.

Acontece que agora chove, tem pasto, é safra! Isso aumenta naturalmente a oferta de animais e mostra que o fôlego atual pode não durar muito. É bom fixarmos isso na mente se tivermos animais para vender neste início de ano. É por isso que em 80% dos últimos 10 meses de janeiro tivemos alta na virada do ano, mas em seguida os preços recuaram. Aproveite o momento enquanto é possível!

Por enquanto é isso, amigos. Renovo, por fim, meus votos de um excelente ano para todos nós. Abraços e até a próxima!
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Fonte:
Agrifatto

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1 comentário

  • Flavio Schirmann Formigueiro - RS

    Muito interessantes estes números.Eles reforçam o que se vê nos campos aqui em nossa localidade.O gado de cria deu lugar às lavouras de soja com pastagem de azevém para a recria de terneiros ou terminação de animais na entressafra.Gostaria de poder ler uma análise desta situação por algum técnico realmente capacitado.

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