Café brasileiro: mais qualidade do grão nacional para liderar o mercado global, por Daniel Sala de Faria

Publicado em 24/05/2018 09:53

No próximo dia 24 de maio, é celebrado o Dia Nacional do Café, uma bebida presente de forma expressiva no cotidiano de grande parte da população brasileira. Além de o País ser o segundo maior consumidor do produto no mundo, o que muitas pessoas não sabem é que o Brasil se destaca não apenas no consumo, mas também na produção e comercialização do grão. Segundo a Organização Internacional do Café, em estudo coordenado pela Embrapa, o País atingiu a marca de 51 milhões de sacas produzidas dos tipos arabica e robusta, número que corresponde a 31,9% da produção mundial no ano-safra 2017/18.

É importante destacar que estamos em um patamar competitivo, em termos de excelência do produto, com a Colômbia, país vizinho ao nosso, que, atualmente, representa cerca de 8,8% da produção mundial. No entanto, além de nosso café ser tão qualificado quanto o colombiano, temos um componente diferencial que reside na tecnologia de produção, consideravelmente superior quando realizada a comparação entre os dois países. Para que os produtores cafeeiros brasileiros alcancem e se estabeleçam em novos mercados (em especial, o Europeu), há recomendações valiosas que podem ser feitas.

Ao pequeno produtor, é fundamental buscar qualificação e aprendizado sobre as técnicas usuais e recomendadas, especialmente quando chega o período de pós-colheita, no qual ele deve se atentar ao momento adequado para a colheita do café da planta, realizar a secagem e tratar o benefício até a chegada do produto ao cliente final. Já o grande produtor, dentre suas principais metas para ter sucesso, deve figurar a busca pelas certificações, como os selos de Pureza, Qualidade e Sustentabilidade, entre outros voltados a avaliações ambientais e trabalhistas. Munidos de um bom currículo, eles demonstram sua preocupação em questões relacionadas à segurança e ética nas lavouras, além de reforçarem a garantia de um ótimo produto.

Não podemos deixar de destacar também que uma das grandes dificuldades encontradas na cultura é a renovação do parque cafeeiro, já que diversas pragas, doenças e plantas daninhas acometem e prejudicam sensivelmente a qualidade do solo ao demandarem mudanças drásticas no espaço de plantio. Os nematoides, por exemplo, podem representar perdas de até 40% no plantio das mudas, caso não sejam identificados ainda em fase inicial. Para isso, o mercado oferece tecnologias capazes de propiciar melhores condições de desenvolvimento da planta e reduzir os riscos de perdas econômicas.

É possível celebrar, de forma incontestável, o enorme protagonismo que o setor exerce em escala mundial. Contudo, e até mesmo motivados por essa razão, precisamos manter esse desempenho e investir no ingresso massivo em mercados ainda mais diversificados. Que todos possam recordar, durante os mais árduos e intensos dias de trabalho, todo esse valor e potencial traduzido nas mesas, xícaras e conversas embaladas pelo café brasileiro por todo o planeta. 

*Daniel Sala de Faria é Engenheiro Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado na empresa de agroquímicos Adama.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Adama

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário