Café: cotações encerram em NY com forte movimento de recompra dos fundos
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova Iorque encerraram a terça-feira (18) com forte alta. Foi o maior ganho diário desde novembro de 2004 e as cotações alcançaram os maiores patamares dos últimos 13 meses em Nova Iorque. Os vencimentos com entrega em março/2014 fecharam a 152,65 centavos de dólar por libra-peso, com elevação de 1275 pontos, ou 9,1%. Maio fechou a 154,85 centavos, alta de 1255 pontos, ou 8,8%.
O dia começou quente e logo no início da sessão o primeiro vencimento- março/14- subiu mais de 1400 pontos e cotações atingiram 154,35 centavos de dólar por libra peso.
A falta de informações sobre as consequências de um terremoto na Colômbia para as áreas produtoras de café foi o estopim das altas. O terremoto atingiu 6 pontos na escala Richter nesta última segunda-feira (17) a 120 quilômetros de Arauca, segundo o serviço geológico dos EUA.
A partir dessa informação, que mais tarde perderia a importância por não ter atingido regiões produtoras de café naquele país, o mercado começou um movimento forte de recompra das posições vendidas e acabou acionando novos stops de compras, provocando uma verdadeira corrida de alta nas cotações. De acordo com Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooxupé, até a última sexta-feira(14) existiam cerca de 7,6 mil lotes comprados e para equilibrar essa relação entre comprados e vendidos seria necessário chegar a pelo menos 40 mil lotes. Portanto, a tendência de alta continua no mercado.
Dias lembrou ainda que "o último inverno no hemisfério norte registrou uma alta de cerca de 2% no consumo de café em relação ao inverno passado" o que mostra uma demanda aquecida pelo produto no mercado internacional. Ele também destacou que as consequências do clima seco e das altas temperaturas no Brasil não foram levantadas e que novas previsões sobre mais um período sem chuvas no país dariam suporte ao movimento de alta.
E o clima no Brasil acabou sendo mesmo a principal razão de alta nas cotações nesta terça-feira(18) . O mercado repercutiu as informações de que as chuvas sobre o cinturão cafeeiro brasileiro no final de semana não teriam sido suficientes para atenuar o problema provocado pelas altas temperaturas sobre as lavouras e principalmente, que as perdas nos cafezais já estariam sendo consideradas irreversíveis.
Em entrevista ao site Notícias Agrícolas, o pesquisador do Pró Café , Roberto Santinato, informou que as chuvas dos últimos dias ajudam mas não recuperam as perdas provocados pela seca prolongada nos cafezais brasileiros. Na região de cerrado, por exemplo, mesmo as lavouras irrigadas sofreram com as alta temperatura e para a safra deste ano as perdas já estão entre 15 e 20%. Já para 2015, só um volume de chuvas bem distribuídas de pelo menos 500 mm nos próximos dois meses será capaz de recuperar a produção nas lavouras.
1 comentário
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alexandre maroti nova resende - MG
Conserteza as consequencia do clima são drasticas e irreversivies e cada dia que passa os resultados sãos assustadores ,os furtos dos cafes estão sendo atacados por muitas doenças