Produtores de biodiesel defendem expansão da produção e pedem marco regulatório

Publicado em 09/02/2012 07:03
Produtores de biodiesel discutiram nesta quarta-feira (8), com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, a expansão da produção do combustível alternativo que é misturado na proporção de 5% ao óleo diesel consumido no país. Eles pediram também a aprovação de marco regulatório para o setor.

De acordo com o presidente da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Juan Diego Ferres, o Brasil tem condições de duplicar a produção do biodiesel, podendo estender para o Norte e o Nordeste as culturas utilizadas. No momento, a soja responde por mais de 70% da produção de biodiesel, cujo esmagamento resulta também em óleo comestível, glicerina e farelo.

Ferrés destacou a importância do farelo de soja para a alimentação do gado, argumentando que "é preferível o Brasil conseguir valor agregado com a soja do que exportá-la a preço barato para outros países. Eles só querem comprar matéria-prima do Brasil para gerar emprego e investimentos em seus países”.

De acordo com o presidente da Ubrabio, em 2011, foram produzidos no Brasil 2,5 milhões de litros de biodiesel, o que corresponde a 5% do óleo diesel consumido durante o ano. O ideal, segundo ele, é que, até 2015, o Brasil dobre essa produção. No ano passado, a soja manipulada no país rendeu R$ 10 bilhões, sendo que R$ 7,5 bilhões foram gerados só com a produção de biodiesel.

A soja utilizada para produzir biodiesel correspondeu a 10% de toda a safra do ano, segundo o presidente da Ubrabio. Ele argumenta que é bom para o Brasil manipular a soja internamente, pois, enquanto ela é vendida a preço baixo no exterior, manipulada pode dar mais valor agregado para a carne, com o uso do farelo na ração.

Ferrés destacou ainda que o aumento da produção da soja e do biodiesel também tem certo impacto social, como, por exemplo, na agricultura familiar, com a melhora das condições de vida desses produtores.

No encontro com o ministro, os produtores receberam como resposta que, na próxima sexta-feira (10), haverá uma reunião multissetorial em Brasília para discutir o assunto, com a participação de parlamentares que defendem o segmento.

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Fonte:
Agência Brasil

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